O simbolismo e suas caracteristicas resumo
O simbolismo e suas caracteristicas resumo
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O simbolismo e suas caracteristicas resumo
SIMBOLISMO
1. Momento histórico
Após a euforia da Segunda Revolução Industrial, quando se incrementou a construção de ferrovias, a economia mundial entra em crise, devido ao aumento da concorrência e da falta de mercado consumidor.
Surgem os primeiros trustes (fusão de empresas do mesmo ramo), já que as empresas pequenas não conseguiam sobreviver e eram encampadas pelas grandes e têm início os cartéis, isto é, grandes empresas de determinado ramo industrial começam a monopolizar a comercialização de um produto, mediante estabelecimento de condições de venda, pagamento, entre outras.
Como o capitalismo não se desenvolveu de maneira uniforme no mundo, houve concentração de capital em países como França, Inglaterra e Estados Unidos (este último aparecendo agora como potência), que passaram a buscar mercado em países menos desenvolvidos, dando início ao que hoje conhecemos como "imperialismo econômico".
2. A cultura e a sociedade
Com a evolução da ciência, da tecnologia e do capitalismo, o mundo começa a caminhar cada vez mais em direção dos interesses materiais.
Diferentemente dos empreendedores capitalistas, a classe trabalhadora não melhorou suas condições de vida, já que a exploração da mão-de-obra é um dos meios de auferir grandes lucros. Surgem os partidos socialistas, reivindicando reformas sociais.
Apesar de tanta luta, o homem comum não consegue realizar-se financeiramente. A esperança cede lugar à frustração e esta leva à busca do lado místico, espiritual do universo.
Contrariamente ao cientificismo e objetivismo anterior, a arte passa a representar o subjetivo, o inconsciente, buscando a unidade do ser.
A reação da burguesia foi referir-se a esses artistas como boêmios, decadentes, malditos.
Apesar das diferenças, o Simbolismo é considerado uma espécie de continuação do Romantismo, na medida em que anseia por reformas e, ao mesmo tempo, busca refúgio fora do mundo real.
3. Características principais da produção artística
   1. Predominância da emoção.
  2. O objeto deve estar subentendido, não  mostrando claramente – daí o "símbolo".
  3. Musicalidade (através de aliterações,  assonâncias e outras figuras de estilo.
  4. Referências a cores.
  5. Presença de motivos religiosos; a poesia  representaria uma espécie de ritual.
  6. Sonho e imaginação.
  7. Espiritualismo.
  8. Subjetividade.
  9. Culto da forma, com influências  parnasianas.
  10. Uso da figura de linguagem chamada  sinestesia, que representa a fusão de sensações (beijo amargo, cheiro azul).
  11.  Abordagem vaga de impressões subjetivas e/ou sensoriais (Impressionismo),  sobretudo na pintura.
4. Principais autores e obras
Portugal
    * Eugênio de castro: Oaristos, Horas,  Tirésias.
  * Antônio Nobre: Só, Despedidas, Primeiros  versos.
  * Camilo Pessanha: Clépsidra.
Brasil
    * Cruz e Sousa: Broquéis, Missal,  Evocações, Faróis, Últimos sonetos.
  * Alphonsus de Guimaraens: Setenário das  dores de Nossa Senhora, Câmara ardente, Dona Mística, Kiriale.
  * Pedro Kilkerry: Re-visão de Kilkerry  (organizado por Augusto de Campos).
Na França, destacaram-se principalmente Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud e Paul Verlaine.
TEXTO
Correspondências
Charles Baudelaire
    A Natureza é um templo vivo em que os  pilares
  Deixam filtrar não raro insólitos enredos;
  O homem o cruza em meio a um bosque de  segredos
  Que ali o espreitam com seus olhos  familiares.
    Como ecos lentos que a distância se matizam
  Numa vertiginosa e lúbubre unidade,
  Tão vasta quanto a noite e quanto a  claridade,
  Os sons, as cores e os perfumes se  harmonizam.
    Há aromas frescos como a carne dos  infantes,
  Doces como o oboé, verdes como a campina,
  E outros, já dissolutos, ricos e  triunfantes,
    Com a fluidez daquilo que jamais termina,
  Como o almíscar, o incenso e as resinas do  oriente,
  Que a glória exaltam dos sentidos e da  emente.
(As flores do mal. Traduzido por Ivan Junqueira. RJ. 1985).
Questões para Interpretação
1. Releia a primeira estrofe e responda:
   1. Quem seriam os "insólitos  enredos"?
  2. Que seria o "bosque de  segredos"?
  3. Qual o significado de "olhos  familiares"?
   1. A que unidade o eu poético se refere na  Segunda estrofe?
  2. Retire um exemplo de sinestesia da  terceira estrofe.
  3. Que características simbolistas você  encontra no poema?
  4. Relacione o título do poema a seu  conteúdo.
SIMBOLISMO NO BRASIL
1. Cruz e Sousa
João da cruz e Sousa nasceu em desterro, (atual Florianópolis) em 1861 e morreu em Sítio, Minas gerais, em 1898. Filho de negros escravos libertados, viveu sob a tutela de um Marechal, o que lhe propiciou fazer os estudos secundários. Vítima de preconceito racial, não pôde assumir um cargo público em Laguna, mudando-se para o Rio de Janeiro, onde participou do primeiro grupo de poetas simbolistas.
Em 1896, perde o pai, a esposa enlouquece e, no ano seguinte, ele descobre que está tuberculoso.
Trabalhou em teatro, quando se frustrou por apaixonar-se por uma artista branca, e, com o escritor Virgílio Várzea, lançou um jornal de cunho republicano e abolicionista.
Considerado um dos maiores poetas simbolistas, Cruz e Sousa buscou a unidade com o mundo cósmico, destacando-se em sua obra a evocação da cor branca, provavelmente pelos problemas que enfrentou por ser negro.
TEXTO
Regina Coeli
Ó Virgem branca, Estrela  dos altares,
  Ó Rosa pulcra dos Rosais  polares!
Branca, do alvor das  âmbulas sagradas
  E das níveas camélias  regeladas.
Das brancas da seda sem  desmaios
  E da lua de linho em  nimbo e raios.
Regina Coeli das  sidérias flores,
  Hóstia da Extrema-Unção  de tantas dores.
Aves de prata e azul,  ave dos astros...
  Santelmo aceso, a  cintilar nos mastros.
Gôndola etérea de onde o  Sonho emrge...
  Água Lustral que o meu  Pecado asperge.
Bandolim do luar, Campo  de giesta,
  Igreja matinal gorjeando  em festa.
Aroma, Cor e Som das  Ladainhas
  De Maio e Vinha verde  dentre as vinhas.
Dá-me, através de  cânticos, de rezas,
  O Bem, que almas acerbas  torna ilesas.
O Vinho d’ouro, ideal,  que purifica
  Das seivas juvenis a  força rica.
Ah! Faz surgir, que  brote e que floresça
  A Vinha d’ouro e o vinho  resplandeça.
Pela Graça imortal dos  teus Reinados
  Que a Vinha os frutos  desabroche iriados.
Que frutos, flores, essa  Vinha brote
  Do céu sob o estrelado  chamalote.
Que a luxúria poreje* de  áureos cachos
  E eu um vinho de sol  beba aos riachos.
Virgem, Regina,  Eucaristica, Coeli,                          (regina (latim): rainha)
  Vinho é o clarão que teu  Amor impele.                    (Coeli  (latim): celestial)
Que desabrocha  ensagüentadas rosas
  Dentro das naturezas  luminosas.
Ó Regina do Mar! Coeli!  Regina!
  Ó Lâmpada das naves do  Infinito!
Todo o Mistério azul  desta Surdina
  Vem d’estranhos Missais  de um novo Rito!...
(In: Tasso da Silveira. Org. Cruz e Sousa; poesia. RJ, Agir, 1975.)
Questões para Interpretação
   1. Podemos dividir o poema em duas partes:  evocação e pedido. Delimite as estrofes.
  2. Retire do poema três elementos que  remetem à cor branca.
  3. Que elementos do poema nos lembram um  ritual religioso?
  4. Que características simbolistas  detectamos no poema?
  5. Identifique e explique as personificações  presentes na última estrofe.
2. Alphonsus de Guimaraens
Afonso Henriques da Costa Guimarães nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, em 1870 e morreu em Mariana, Minas Gerais, em 1921.
Em sua obra notamos a presença do místico, do religioso e considerações com relação à morte, estas provavelmente em função da perda de uma prima e namorada na adolescência, o que muito o abalou.
TEXTO
Hão de chorar por ela os cinamomos
Hão de chorar por ela os  cinamomos*,
  Murchando as flores ao  tombar do dia.
  Dos laranjais hão de  cair os pomos
  Lembrando-se daquela que  os colhia.
As estrelas dirão: -  "Ai! Nada somos,
  Pois ela se morreu  silente* e fria..."
  E pondo os olhos nela  como pomos,
  Hão de chorar a irmã que  lhes sorria.
A Lua, que lhe foi mãe  carinhosa,
  Que a viu nascer e amar,  há de envolvê-la
  Entre lírios e pétalas  de rosa.
Os meus sonhos de amor  serão defuntos...
  E os arcanjos dirão no  azul ao vê-la,
  Pensando em mim: -  "Por que não vieram juntos?"
*cinamomos: canela (substancia  aromática usada pelos antigos)
  *silente: mudo
  (Apud Manuel Bandeira,  org. Apresentação da poesia brasileira)
Questões para Interpretação
   1. Que há no poema que nos remete ao  Romantismo? Explique.
  2. Que elemento do poema contraria os  princípios parnasianos? Explique.
  3. Que características simbolistas  encontramos no poema?
TEXTO
A catedral
Entre brumas, ao longe,  surge a aurora.
  O hialino orvalho aos  poucos se evapora,
  Agoniza o arrebol.
  A catedral ebúrnea do  meu sonho
  Aparece, na paz do céu  risonho,
  Toda branca de sol.
E o sino canta em  lúgubres responsos:
  "Pobre Alphonsus!  Pobre Alphonsus!"
O astro glorioso segue a  eterna estrada.
  Uma áurea seta lhe  cintila em cada
  Refulgente raio de luz.
  A catedral ebúrnea do  meu sonho,
  Onde os mus olhos tão  cansados ponho,
  Recebe a bênção de Jesus.
E o sino clama em  lúgubres responsos:
  "Pobre Alphonsus!  Pobre Alphonsus!"
Por entre lírios e  lilases desce
  A tarde esquiva:  amargurada prece
  Põe-se a lua a rezar.
  A catedral ebúrnea do  meu sonho
  Aparece, na paz do céu  tristonho,
  Toda branca de luar.
  E o sino chora em  lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
O céu é todo trevas: o  vento uiva.
  Do relâmpago a cabeleira  ruiva
  Vem açoitar o rosto meu.
  E a catedral ebúrnea do  meu sonho
  Afunda-se no caos do céu  medonho
  Como um astro que já morreu.
E o sino geme em  lúgubres responsos:
  "Pobre Alphonsus!  Pobre Alphonsus!"
(Apud Manuel Bandeira. Org. Apresentação da poesia brasileira)
Interpretação
   1. Que características simbolistas você  encontra no poema?
  2. Sabendo que ebúrneo significa "liso  como o marfim", explique o trajeto da "catedral" dos sonhos do  eu-poético.
  3. Explique o significado do refrão em cada  estrofe, considerando o verbo utilizado em cada um e a presença da palavra  "lúgubre".
Fonte do documento:http://pessoal.educacional.com.br/up/4660001/7250801/Simbolismo.doc
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