Segundo Reinado (1840-1889) - Governo de Dom Pedro II resumo

 


 

Segundo Reinado (1840-1889) - Governo de Dom Pedro II resumo

 

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Segundo Reinado (1840-1889) - Governo de Dom Pedro II resumo

 

IIº Reinado (Governo de D. Pedro II - 1840/1889)

 

Fases do governo pessoal de D. Pedro II

A primeira fase (1840 - 1850) compreende o período da pacificação interna, ocasião em que se efetua a hegemonia do café e se restabelece o poder do Sudeste, contra as revoltas liberais de São Paulo e Minas (1842), finaliza-se a Revolução Farroupilha (1845) e surge a Insurreição Praieira (1848). Estabeleceu-se, ainda, o protecionismo alfandegário, com as tarifas Alves Branco (1844).

Na pacificação interna destacou-se Luís Alves de Lima e Silva. Pelos relevantes serviços prestados ao Império (na pacificação interna e nas lutas externas) foi promovido a Marechal e elevado a Duque (Duque de Caxias).

A Segunda fase (1850 - 1870) assinala o período de apogeu do Império, graças a expansão da lavoura cafeeira, a efetivação do parlamentarismo, o envolvimento do Império na Região Platina entre 1852/1870 (Uruguai, Argentina e Paraguai) e os empreendimentos de Mauá.

A terceira fase (1870 - 1889) assinala o período de declínio do Império: o sistema político monárquico perde o apoio dos cafeicultores do Vale do Paraíba, em decadência, o que tem como conseqüência a futura Abolição.

 

 

Revoltas liberais de 1842

A revolta dos liberais pretendia, na realidade, impedir a ascensão dos conservadores ao poder.

A revolta começou em Sorocaba (SP), sob a liderança do Padre Feijó, a participação do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar e de Nicolau Pereira de Campos Vergueiro.

A revolta em Minas começou em Barbacena, chefiada por Teófilo Otoni e apoiada por José Feliciano Pinto Coelho e Limpo de Abreu.

Os revolucionários nomearam presidentes revolucionários para as Províncias: para São Paulo, o Brigadeiro Tobias de Aguiar e José Feliciano Pinto Coelho da Cunha para Minas Gerais.

O Barão de Caxias, escolhido para reprimir a rebelião, enviou um destacamento ao comando do Coronel Amorim Bezerra, que aniquilou os rebeldes paulistas em Venda Grande.

Os rebeldes mineiros foram derrotados por Caxias em Santa Luzia, tendo contado com a ajuda do seu irmão, o Barão de Tocantis (Coronel José Joaquim de Lima e Silva).

Vencidos, os principais implicados foram presos. Em 1844, com a nomeação de um Ministério Liberal, os revoltosos foram anistiados.

 

Praieira - Pernambuco (1848 - 1850)

Esta revolta, antes de ser uma simples reação dos liberais aos conservadores, foi uma das mais significativas revoltas sociais do Brasil. Teve a participação das camadas mais humildes da população pernambucana e encerrou o período de intensa agitação iniciada nas Regências.

 

Causas da Insurreição Praieira

  • Causa imediata: nomeação, para a presidência da província, de um conservador. Isto ocasionou a revolta da ala urbana do partido liberal (Partido da Praia);
  • A tensa situação social de Pernambuco. Alguns proprietários rurais controlavam toda a riqueza local;
  • Nas cidades, especialmente Recife, havia uma burguesia comercial rica e poderosa;
  • A intensa agitação antilusitana surgiu por causa do controle do comércio de Pernambuco pelos portugueses;
  • A influência exercida pelas idéias do socialismo utópico europeu no "Partido da Praia".

 

 

Principais eventos:

- O líder praieiro Antonio Chichorro da Gama assumiu a presidência da província, em 1845. Com a queda do Ministério Liberal e a nomeação de um presidente conservador para a Província (Herculano Ferreira Pena), os praieiros se revoltaram (07 de novembro de 1848) sob a chefia do deputado Joaquim Nunes Machado, que contou com o auxilio do capitão Pedro Ivo (herói lendário), Antonio Veloso da Silveira e Borges da Fonseca.

  • A Província foi pacificada por Manuel Vieira Tosta (novo Presidente) e pelo Brigadeiro José Joaquim Coelho (comandante das Armas). Os rebeldes foram derrotados em Água Preta e Iguaraçu.

 

 

Parlamentarismo (1847 - 1889)

Pela primeira vez o Brasil experimentou em sua história o Parlamentarismo ou Governo de Gabinete.

Em 1847 foi criado o cargo de Presidente do Conselho de Ministro também chamado de Chefe de Gabinete. O sistema tornou-se, então, parlamentarista desde esta data (1847) até a Proclamação da República (1889).

O primeiro a ocupar o cargo de Presidente do Conselho de Ministro foi Manuel Alves Branco; o último foi o Visconde de Ouro Preto, que chefiou o último gabinete da Monarquia.

O Parlamentarismo brasileiro foi chamado de "Parlamentarismo às avessas" (o poder Legislativo ao invés de nomear o Executivo, estava subordinado a este).

 

"Política da conciliação"

Por inspiração de D. Pedro II, o Marquês do Paraná (Honório Hermeto Carneiro Leão) inaugurou, em 1853, a "Política da Conciliação", período de grande progresso material para o país (1853 - 1858). Tendo falecido em 1856, o Marquês do Paraná foi substituído por Caxias.

Nesta fase as lutas partidárias pelo poder tiveram uma trégua: não havia oposição política, pois os partidos liberal e conservador formavam um só ministério (predominava o partido conservador).

 

Política externa

Os fatos de destaque da política externa do governo pessoal de D. Pedro II foram: questão com a Inglaterra devido o tráfico negreiro e a Questão Christie, o rompimento das relações diplomáticas e as campanhas na bacia platina.

Questão Christie (1863)

Existiam rivalidades com a Inglaterra decorrentes de assuntos alfandegários e do tráfico de escravos africanos. A inabilidade do embaixador inglês no Brasil, Willian Christie, provocou dois incidentes.

O primeiro foi o naufrágio do navio inglês "Príncipe Gales" em Albardão, no litoral do Rio Grande do Sul (fins de 1861). O carregamento foi lançado na praia e depois saqueado por desconhecidos.

O segundo constou da prisão de três oficiais ingleses da fragata "Fort" no Rio de Janeiro que, em trajes civis e embriagados, promoviam desordens na Tijuca, sendo presos pela polícia brasileira (1862).

Sob protesto o Brasil resolveu indenizar a Inglaterra da perda da carga do navio, mas negou-se a punir os policiais. A questão do "Fort" foi levada ao arbitramento do rei Leopoldo I, da Bélgica. Seu laudo foi favorável ao Brasil e o governo inglês deveria se desculpar. Como não o fez, nosso país rompeu as relações diplomáticas (1863).

 

Campanhas platinas

Introdução. Entre 1851 e 1870 o Brasil empreendeu três campanhas militares e políticas na região do rio Prata.

  • intervenção contra Oribe (Uruguai) e Rosas (Argentina) entre 1851/1852;
  • intervenção no Uruguai contra Aguirre (1864);
  • guerra do Paraguai ou contra Solano Lopez (1864/1870).

 

 

Guerra do Paraguai

 

Causas da Guerra

 

Remotas. Planos imperialistas do ditador Solano Lopez - "El Supremo" - de formar o "Grande Paraguai" que incluía Corrientes e Entre Rios (províncias argentinas), o Uruguai, o próprio Paraguai, o Rio Grande do Sul e parte de Mato Grosso.

 

Guerra contra Oribe e Rosas

Antecedentes. O Uruguai ficara independente em 1828 e seu primeiro presidente foi Frutuoso Rivera.

 

  • Em 1835 subiu ao poder Manuel Oribe cujo governo caracterizou-se pela violência. Em 1836 surgiram os emblemas que caracterizavam os partidos: emblemas brancos, partidários de Oribe emblemas vermelhos, partidários de Rivera - origem dos partidos Blanco e Colorado, respectivamente.
  • Eram constantes os choques armados entre os colorados de Rivera, primeiro Presidente uruguaio, e os blancos de Oribe, que fora eleito por influência de Rivera, mas que o traíra pouco depois;
  • Rivera era apoiado pelas populações rurais e Oribe tinha o apoio dos grandes comerciantes e proprietários e também do caudilho argentino João Manuel de Rosas;
  • Em 1839 Oribe, derrotado por Rivera, perdeu o poder e refugiou-se na Argentina, aliando-se ao ditador Rosas, que pretendia restaurar o antigo vice-reinado do Prata através da anexação do Uruguai e do Paraguai constituindo, assim, uma Confederação Republicana sob o domínio argentino;
  • Com a ajuda de Rosas, Oribe conseguiu derrotar Rivera em Arroio Grande (1842) bloqueando o porto de Montevidéu, que durou 10 anos;
  • A paralisação deste porto prejudicou o comércio no Prata e motivou reclamações do governo inglês, francês e brasileiro;
  • Rivera, apoiado por argentinos contrários ao ditador Rosas, como o general Urquiza, e pelos brasileiros da Guerra dos Farrapos, continuou a luta.

 

Em represália, o "blancos" de Oribe atracaram as estâncias brasileiras na fronteira. Isto possibilitou a organização de "Califórnias", chefiados pelo Barão de Jacuí, para contra-atacar os seguidores de Oribe.

 

O Marquês do Paraná (Honório Hermeto Carneiro Leão) foi enviado ao Prata, tendo antes assinado um convênio contra Oribe (29 de maio de 1851), entre Brasil, Uruguai e Entre Rios (província argentina governada pelo general Justo José Urquiza).

Objetivando manter a livre navegação no rio da Prata, o governo brasileiro nomeou Caxias Presidente do Rio Grande do Sul. O almirante inglês Grenfell comandou a esquadra brasileira, e isolou Oribe e Rosas. As tropas de Caxias tendo se aliado às de Rivera e às de Urquiza, derrotaram Oribe em Passo Molino (1851) e entregaram o governo aos colorados.

Rosas declarou guerra aos aliados. O Marquês de Paraná cujo secretário era Paranhos (depois "Visconde do Rio Branco), fez aliança com o Uruguai, Entre Rios e Corrientes, contra Rosas (21 de novembro de 1851). As forças aliadas foram transportadas pela esquadra comandada por Grenfell que força a Passagem de Tonelero (1851).

Tendo Grenfell subido o rio Paraná, os brasileiros comandados pelo Gen. Manuel Marques de Souza (depois Conde de Porto Alegre) derrotaram os argentinos na Batalha de Monte Caseros ou Morón (03 Fevereiro 1852).

Rosas foi deposto (conseguiu fugir para Inglaterra onde morreu em 1877) e o governo argentino foi entregue ao Gen. Urquiza.

Caxias foi promovido a tenente-coronel e a Marquês.

 

 

Guerra contra Aguirre (Uruguai 1864 -1865)

Antecedentes. A luta entre "colorados" e "blancos" prosseguia, ocasionando uma anarquia no Uruguai. Em 1863 o general Venâncio Flores, do Partido Colorado, que se encontrava na Argentina, desembarcou no Uruguai e organizou um exército para depor o presidente Bernardo Berro, do partido blanco. Este, por sua vez, resistiu até 1864, sendo substituído por Aguirre, um dos chefes dos blancos.

 

 

 

Causas

A luta entre Aguirre (blancos) e Flores (colorado) repercutia nas fronteiras do Brasil, na medida em que os partidários de Aguirre invadiam o Rio Grande do Sul, saqueando as estâncias gaúchas e roubando gado.

Não sendo atendidos em suas reclamações pelo governo brasileiro, os estancieiros os gaúchos organizaram novas "califórnias" e invadiram também o território uruguaio.

Em 1864, o governo imperial enviou o conselheiro José Antonio Saraiva ("missão Saraiva") visando a equilibrar a situação na região platina. Foi mal recebida por Aguirre, que não aceitou pagar as indenizações aos brasileiros e punir os responsáveis pelos assaltos às fazendas gaúchas.

 

A luta

Em vista disso, o conselheiro Saraiva enviou de Buenos Aires um ultimato ao Presidente do Uruguai (Aguirre): o Brasil interviria no Uruguai caso as suas reclamações não fossem atendidas. Confiando na promessa do ditador Solano Lopez de que o Uruguai teria apoio militar do Paraguai, Aguirre devolveu o ultimato e rompeu relações diplomáticas com o Brasil.

O vice-almirante Tamandaré (Joaquim Marques Lisboa), iniciou represálias contra o Uruguai, bloqueando os portos fluviais de Salto e Paissandu. Logo depois assinou com Venâncio Flores o acordo secreto de Santa Lúcia.

O General João Propício Mena Barreto com suas forças entrou no Departamento de Serro Largo. Em seguida tomou Paissandu, que era defendida pelas tropas do Coronel Leandro Gómez.

As tropas imperiais comandadas por Mena Barreto, aliadas as tropas de Venâncio Flores e auxiliadas por Tamandaré, cercaram Montevidéu. Agirre passou, então o governo ao presidente do Senado Tomáz Villalba que aceitava a derrota e assinou a paz com o Brasil.

 

Conseqüências: guerra contra Solano Lopez (Paraguai).

 

 

Guerra do Paraguai (1864 - 1870)

 

Antecedentes. O Paraguai tornou-se país independente em 1811. Em 1814 José Francia tornou-se ditador e isolou o Paraguai.

 

Em 1824 o Brasil reconheceu a independência do Paraguai. Uma das característica marcantes deste país desde a sua independência foi a sucessão de governos ditatoriais; o Paraguai também sempre procurou se isolar dos conflitos platinos até a subida de Solano Lopez ao poder.

Em 1862 Solano Lopez assumiu o governo paraguaio e preparou o país para a guerra. Tendo sido educado na França de Napoleão III, de quem era admirador, sofreu forte influência militarista, bem como de Elisa Alice Línch, sua companheira.

Até então, as relações entre o Brasil e Paraguai eram pacíficas, exceto algumas disputas territoriais. O Brasil para atingir a Província de Mato Grosso necessitava da livre navegação do rio Paraguai.

 

Causas da Guerra

 

Remota. Planos imperialistas do ditador Solano Lopez -"El Supremo" - de formar o "Grande Paraguai" que incluía Corrientes e Entre Rios (províncias argentinas), o Uruguai, o próprio Paraguai, o Rio Grande do Sul e parte de Mato Grosso.

Próxima. Intervenção brasileira no Uruguai contra Aguirre.

Imediata O apresamento do navio brasileiro Marquês de Olinda e a invasão de Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

 

A guerra

  • Solano Lopez em três anos desenvolveu o comércio, estabeleceu o serviço militar obrigatório, abriu fábricas de armas e pólvora e reaparelhou a Marinha. O efetivo do Exército atingiu 80.000 soldados.
  • Sem declaração de guerra Lopez determinou o apresamento do navio brasileiro "Marquês de Olinda", o rio Paraguai, que se dirigia a Mato Grosso levando o Presidente daquela Província, Coronel Frederico Carneiro de Campos (11 de novembro de 1864).
  • Logo em seguida os paraguaios invadiram Mato Grosso conquistando:
  • a colônia militar de Dourados, defendida pelo Ten Antonio João ("Leônidas Brasileiro");
  • O forte de Nova Coimbra, defendido pelo tenente-coronel Hermenegildo Porto Carreiro.
  • Para ganhar uma saída para o oceano Atlântico, as tropas paraguaias sob o comando de Estigarribia dirigiram-se para o sul afim de juntar-se às de Aguirre. Para chegar ao Prata, teriam de passar em território argentino (Corrientes) e, assim, tomariam o Rio Grade do Sul e o Uruguai.
  • A permissão pedida por Lopez ao governo argentino foi negado. Os paraguaios invadiram então a Província de Corrientes, o que levou a Argentina a firmar com o Brasil o Tratado da Tríplice Aliança (1ª maio de 1865).
  • A guerra do Paraguai desenvolveu-se em três fases distintas: ao comando de Mitre da Argentina (1ª fase), de Caxias, do Brasil (2ª e principal fase) e ao comando de Conde D'Eu, do Brasil (3ª e última fase).
  • Na 1ª fase as tropas estavam ao comando do General Bartolomeu Mitre, Presidente da Confederação Argentina. O comandante das tropas brasileiras era o Marechal Manoel Luiz Osório (Marquês de Herval).

Os aliados nesta fase, alcançaram diversas vitórias: Riachuelo, rendição de Uruguaiana e Tuiuti.

  • A batalha de Riachuelo (11jun 1865), o mais importante encontro naval da América do Sul, foi travada entre a esquadra brasileira comandada pelo chefe da Divisão Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva e a paraguaia do Comandante Meza. Barroso nesta oportunidade mandou içar o sinal "O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever".
  • Na batalha de Riachuelo o marinheiro Marcílio Dias e o guarda-marinha Greenhaalg cobriram-se de glória. Barroso recebeu o título de Barão do Amazonas.

 

  • Barroso conseguiu vencer a marinha paraguaia em Riachuelo cortando, assim, as comunicações com o general paraguaio Estigarribia que estava atacando o Rio Grande do Sul. Este rendeu-se em Uruguaiana aos brasileiros que obedeciam ao comando de Manuel Marques de Souza, na presença do Imperador D. Pedro II (a retirada de Estigarribia fora impedida por pequena esquadrilha comandada por Floriano Peixoto).
  • A guerra deslocou-se para o território paraguaio. Os aliados após haverem ocupado o forte de Itapiru (ação de Vilagran Cabrita, patrono da Engenharia), derrotaram os paraguaios por duas vezes em Confluência e entraram no Paraguai pelo Paso de La Pátria.
  • O Marechal Luís Osório derrotou os paraguaios em Esterro Belaco e em Tuiuti (24 de maio de 1866). Esta foi a maior batalha campal (terrestre) da América, que deixou um saldo de 10.000 mortos, onde se distinguiram o Brigadeiro Antonio Sampaio (Patrono da Infantaria),o Coronel Emílio Luiz Mallet (Barão de Itapevi, Patrono da Artilharia), Os aliados foram derrotados em Curupaiti (maior derrota dos aliados na guerra).
  • As divergências entre Osório (Comandante das tropas brasileiras) e o Presidente argentino Mitre que era contra a perseguição aos paraguaios, levou o governo a substituir Osório, pelo Marquês de Caxias.
  • Osório, já doente, passou o comando ao General Polidoro Quintanilha da Fonseca Jordão. Mitre (da Argentina) e Flores (do Uruguai) com suas forças retiram-se da guerra para resolver problemas internos em seus países, deixando ao Brasil a responsabilidade de combater Lopez.
  • Em 1867 foi organizada uma expedição em Minas Gerais com o objetivo de libertar Mato Grosso.

 

Esta coluna teve de se retirar do território paraguaio ("Retirada de Laguna") atacada pelas forças de Lopez. Celebrizaram-se neste episódio o Coronel Carlos de Morais Camisão e o Guia Lopes (José Francisco Lopes), tendo este fato sido narrado pelo Visconde de Taunay (Alfredo d'Escragnolle Taunay) no livro "A Retirada de Laguna".

  • Na segunda fase Caxias assumiu o comando (1866). Tamandaré foi substituído no chefia da esquadra pelo Visconde de Inhaúma (Joaquim José Inácio).
  • Caxias organizou o exército, providenciou mais armamentos e suprimentos, melhorou o nível das operações militares e observou o campo inimigo através de balões.
  • Caxias empreendeu a "Marcha do Flanco" ocasião em que os paraguaios são derrotados na Segunda batalha de Tuiuti (03 de nov 1867) e a esquadra força a passagem de Curupaiti.
  • Os navios brasileiros sob ao comando de Delfim Carlos de Carvalho (Barão de Passagem), forçaram a passagem. Assim, a fortaleza de Humaitá foi abandonada e ocupada (1867), constituindo-se numa grande vitória das forças brasileiras.
  • A travessia do Chaco é realizada por Caxias: Lopez fortificou-se em Piquiciri. Caxias mandou Argolo abrir a estrada do Chaco, na margem direita do Paraguai. O exército após atravessar o Chaco, passou ao Paraguai, em Santo Antonio, dirigindo-se, então contra as forças de Lopez.
  • Em dezembro de 1868 Caxias obteve sucessivas vitórias ("Dezembrada"): venceu as forças do General Caballero, na ponte de Itororó ("Sigam-me os que forem brasileiros"), bem como nas batalhas de Avaí (onde foi ferido), Lomas Valentinas e Angustura. Na batalha de Avaí destacou-se o General Andrades Neves, Barão do Triunfo ("o bravo dos brasileiros").
  • Em 05 Jan 1869 o exército brasileiro ao comando de Caxias ocupou Assunção, capital do Paraguai. Passou o comando das tropas ao General Guilherme Xavier de Souza e retirou-se.
  • Na terceira e última fase de guerra do Paraguai ("Campanha das Cordilheiras") o comando das forças brasileiras esteve com o Conde D'Eu, Marechal Gastão de Orleans e Bragança, que realizou violenta perseguição a Solano Lopez. Este organizara novo exército e estabeleceu a capital em Peribebuí.
  • Travaram-se as batalhas de Peribebuí, (onde morreu o General Mena Barreto) e a de Campo Grande ou Nhunguaçu. No combate de Serro Corá (1º mar 1870) o ditador paraguaio Solano Lopez foi morto pelas tropas do General José Antonio Correia da Câmara (segundo a tradição teria sido morto pelo Cabo José Francisco Lacerda, vulgo "Chico Diabo ").

 

Principais conseqüências da Guerra do Paraguai:

  • ruína do Paraguai (as dívidas deste país foram perdoadas, em 1943, por Getúlio Vargas).
  • Sua industrialização paralisou, passando a viver basicamente da agricultura : mais de 50% da população masculina foi dizimada pela guerra;
  • O Império Brasileiro ficou desprestigiado perante à opinião pública mundial: por ter lutado com dois países contra o Paraguai e por ainda manter o trabalho escravo ( o único ao lado de Cuba que ainda mantinha a escravidão );
  • Fortalecimento do Exército brasileiro como instituição e força política atuante. Ao término da guerra, temos um Exército vitorioso, modernizado, popular, em cujas fileiras predominavam ex-escravos e outra pessoas de baixo nível social e econômico que se agarraram ao Exército como forma de ascensão social. A desmobilização destes criou problemas, pois o governo imperial desejava neutralizar esta nova força que surgia;
  • Os militares, especialmente os jovens oficiais oriundos das camadas baixas e médias da população, eram contra o Império escravista e aderiram aos ideais abolicionistas e republicanos;
  • Tratado de paz e liberdade entre o Brasil e o Paraguai (este país não perdeu nenhum território, mas ficou endividado com o Brasil);
  • afetou nossa economia na medida em que o Brasil teve de contrair vários empréstimos externos para manter o equilíbrio financeiro, além de ter nos custado milhares de vidas;
  • O Visconde de Rio Branco organizou um governo no Paraguai, que a pedido do Conde D'Eu aboliu a escravatura.

 

As transformações econômicas (1850 - 1889)

Na Segunda metade do século XIX, o Brasil conseguiu sair da crise econômica que se arrastava desde o Iº Império.

Passou a conhecer um processo de modernização e urbanização; desenvolveram-se os meios de transportes e comunicações; ampliou-se o sistema de crédito, com bancos, caixas econômicas, companhias de investimentos, surgiram companhias de navegação, de bonde e de iluminação a gás; implantaram-se indústrias no país; ampliou-se o mercado consumidor interno com a imigração, etc.

No segundo Reinado, o Brasil foi o maior produtor mundial de café. Nessa época, as regiões onde a lavoura mais se desenvolveu foram: Vale do Paraíba do Sul (Província do Rio de Janeiro), São Paulo, Minas Gerais (Juiz de Fora) e Espírito Santo.

A importação interna de negro do Nordeste decadente para os ricos cafezais não foi suficiente para atender a expansão desta nova lavoura. Surgiu, então o problema da mão-de-obra.

A mão-de-obra para atender nossa atividade agrícola (café), e mesmo timidamente industrial exigia novos contingentes de trabalhadores. A solução encontrada para este problema foi através da introdução do imigrante, que irá marcar a transição para o trabalho assalariado. Alemães, italianos europeus da parte central da Europa começaram a vir para nosso país, dando importante contribuição étnica e cultural.

 

Desenvolvimento industrial

 

Introdução. As primeiras tentativas de se implantar indústrias no Brasil depois do Alvará de liberdade industrial ( 1º de abr 1808), decretado pelo Príncipe D. João, fracassaram.

Diversos fatores estão relacionados com a industrialização brasileira a partir da segunda metade do século XIX:

  • A extinção do tráfico negreiro em 1850;
  • as tarifas Alves Branco. Em 1844 muitas fábricas foram instaladas no Brasil devido ao

"protecionismo";

  • aumento do mercado consumidor interno;
  • as exportações de café.

 

No século XIX a indústria brasileira estava em fase de formação, onde predominava a indústria têxtil (principal) representada pela fiação e tecelagem, seguida pelos produtos alimentícios e açucareira. A verdadeira "industrialização" do Brasil só ocorreria no século XX.

 

 

 

Mauá e o progresso material do Império

Muitas empresas não agrícolas surgiram no Brasil em meados do século XIX.

Segundo Caio Prado Júnior, de 1850 a 1860, fundam-se 19 bancos, 3 caixas econômicas, 20 companhias de navegação a vapor, 23 de seguros, 4 de colonização, 8 de mineração, 3 de transporte urbano, 2 de gás e 8 estradas-de-ferro.

Dentre os empresários da época, a principal figura de nossa economia na fase imperial foi inegavelmente Irineu Evangelista de Souza, Barão e Visconde de Mauá.

Graças a Mauá houve grande progresso material durante o Segundo Império: na indústria, nos meios de transportes, comunicações e serviços urbanos (iluminação a gás, abastecimento de água, bondes, etc.)

 

 

 

Imigração

Teve início em 1818 quando D. João VI financiou a vinda de colonos suíços (católicos) que fundaram, na fazenda do Queimado (Cantagalo) a colônia de Nova Friburgo, na Província Fluminense.

Em 1824, graças a iniciativa da esposa de D. Pedro I, D. Maria Leopoldina, é fundada por alemães a colônia de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

Em 1840, o Senador Vergueiro, pioneiro na imigração trouxe para São Paulo portugueses do Minho para Limeira. Esta experiência fracassou devido à sua participação na Revolta Liberal de 1842, em São Paulo.

Em 1847, o Senador Vergueiro, já como Ministro da Justiça, patrocinou a vinda de imigrantes alemães para trabalhar em sua fazenda em Ibicaba (SP) através do "Sistema de Parceria" .Este sistema fracassou porque cada vez mais os colonos iam se endividando na terra que trabalhava como meeiro, sujeitando-se a um regime de semi-escravidão. Devido a revolta dos colonos em Ibicaba (1857), com repercussão externa, o governo alemão proibiu a saída de seus súditos para o Brasil.

Com o fracasso das antigas fórmulas de trabalho, alguns fazendeiros optaram pelo trabalho assalariado: Estipulava um pagamento mensal ou um preço fixo por alqueire trabalhado.

 

AS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS (1850/1889)

 

MODERNIZAÇÃO:

 

a)  MUDANÇAS SOCIAIS

  • Origem da Nova Aristocracia Cafeeira
  • Imigração
  • Trabalho Assalariado
  • Abolição da escravidão
  • Diversificação das Camadas Urbanas
  • Novas aspirações Sociais.

 

b)  MUDANÇAS POLÍTICAS

  • Queda da Monarquia
  • Proclamação da República

 

c)  MUDANÇAS CULTURAIS

  • Positivismo
  • Evolucionismo

 

 

O movimento abolicionista

O tráfico negreiro constituiu-se num comércio altamente lucrativo para os interesses da Coroa, pois era fonte de renda para o Tesouro Real.

Em 1850 o governo brasileiro, através de seu ministro da Justiça Euzébio de Queiroz, resolveu acabar com o tráfico de escravos: é a Lei Euzébio de Queiroz.

Em virtude de continuar entrando negros escravos no país, mesmo após 1850, foi posta em execução a Lei Nabuco de Araújo que reforçou a anterior, impondo uma rígida fiscalização policial e severas penas aos traficantes. A última tentativa de desembarque de escravos africanos ocorreu no litoral de Pernambuco em 1855.

 

Campanha abolicionista

Para muitos fazendeiros o trabalho assalariado era mais vantajoso por ser mais produtivo e menos arriscado no emprego do capital.

Para a economia cafeeira, o assalariado tinha dupla importância: na expansão dos cafezais e na formação de um dinâmico mercado consumidor interno.

Em 1870, com o término da guerra do Paraguai, ocorreu a segunda fase da campanha abolicionista.

Nesta campanha destacaram-se grandes personalidades da vida política e intelectual como Luís Gama, Joaquim Nabuco, José do Patrocínio ("Tigre da Abolição"), Rui Barbosa, Castro Alves ("Poeta dos Escravos"), Tobias Barreto, José Mariano, João Clapp e outros. Rui Barbosa proclamou a ilegalidade de escravidão baseando-se na lei de 07 nov 1831.

 

 

Lei do Ventre Livre ou Rio Branco

Esta lei foi aprovada no gabinete conservador chefiado pelo Visconde do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos, em 28 de setembro 1871), tendo sido assinada pela Princesa Isabel (Regente do Trono). Concedia liberdade aos filhos de mãe escrava nascidos a contar da promulgação da lei.

 

Lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários (1885)

Concedia a alforria (liberdade) aos escravos negros que contassem mais de 65 anos de idade; era mais uma medida de pequena importância.

 

 

Lei Áurea

A Lei que aboliu definitivamente a escravidão no Brasil foi apresentada por Rodrigo A. Silva, aprovada no Gabinete conservador de João Alfredo e assinada pela Princesa Isabel no dia 13 de maio de 1888, é a chamada Lei Áurea.

 

 

Conseqüências da abolição

- crise econômica para a Província do Rio de Janeiro maior produtora de café, que cedeu lugar a São Paulo;

  • mudança do eixo da economia nacional e, conseqüentemente, o da política do Vale do Paraíba do Sul fluminense (escravista) para o Oeste Paulista (mão-de-obra assalariada).
  • prejuízo dos fazendeiros.

 

 

 

 

Queda do Império

A queda do Império e o advento da República foi uma conseqüência direta das transformações econômicas e sociais ocorridas a partir da Segunda metade do século XIX.

É dentro deste contexto de mudanças que muitos autores consideram as causa do fim da monarquia no Brasil: Questão Escravocrata, Questão Religiosa e Questão Militar.

A Questão Escravocrata ou Servil, vista anteriormente, está ligada a abolição da escravidão sem a indenização, esperada pelos proprietários de escravos.

 

 

Questão religiosa ou Epíscopo-Maçônica

Tem suas raízes nos direitos do governo imperial (poder temporal) de intervir em assuntos eclesiásticos (poder espiritual) através do padroado e beneplácito.

 

Questão militar

Após a Guerra do Paraguai o Exército tornou-se importante força e desejava ter maior participação na vida política do país. Daí, a luta entre o militar ("homem-de-farda") e o político ("homem-de-casaca").

Influenciados pelo Positivismo onde o grande expoente era o professor Benjamin Constant, os militares foram assumindo posições em favor do abolicionismo ou mesmo da idéia republicana. Isto ocasionava constantes choques políticos.

Diversos incidentes ocorreram entre oficiais do Exército e o governo imperial, após a guerra do Paraguai. O problema se agravou quando o governo quis punir o militares que desobedeceram à proibição de falar assuntos políticos em público, tais como:

  • em 1882 com o Coronel Frias Vilas;
  • em 1883 com o tenente-coronel Sena Madureira;
  • em 1886 com o Coronel Cunha Matos;
  • em 1889 com o Tenente Pedro Carolino.

 

 

Propaganda republicana

As idéias republicanas foram rapidamente divulgadas e, em várias Províncias, após 1870, surgiram diversos partidos republicanos. O mais importante destes e que terá papel de fundamental importância na proclamação foi o Partido Republicano Paulista (PRP), cujas origens estão ligadas à Convenção de Itu (SP) em 1873.

Entre 1870/1889, fase de declínio do Império, surgem as crises que irão abalar o regime monárquico.

A propaganda republicana entre os militares foi imensa, destacando-se Benjamin Constant, professor da Escola Militar, que divulgava as idéias de uma República Positivista.

Os principais nomes da propaganda republicana, foram: Benjamin Constant (principal), Lopes Trovão, Quintino Bocaiúva, Silva Jardim, Saldanha Marinho, etc.

O último gabinete da monarquia -Afonso Celso de Assis Figueiredo (Visconde de Ouro Preto)- foi quem chefiou o último gabinete do II Império. Tendo assumido em 1889, tentou realizar reformas econômicas e financeiras para conter a onda "republicana".

Fatos antecedentes ao 15 de nov: "Último baile do Império" na ilha Fiscal, notícias falsas do Major Solon Ribeiro sobre a prisão de Deodoro e Benjamin Constant e da transferência de unidades militares para pontos distantes.

Com o apoio das tropas concentradas no Campo de Santana, Deodoro proclama a República (15 nov), derrubando o gabinete Ouro Preto. Na Câmara Municipal é lavrada a ata, por José do Patrocínio, "declarando a proclamação da República". D. Pedro II tenta, sem êxito, formar novo gabinete com Silveira Martins.

 

 BIBLIOGRAFIA

 

  • CAMPOS, RAYMUNDO. HISTÓRIA DO BRASIL - 2ª ED. SÃO PAULO. ATUAL, 1991.
  • COSTA, LUIS CESAR AMAD/MELLO, LEONEL ITAUSSU. HISTÓRIA DO BRASIL - 3ª ED. SÃO PAULO. SCIPIONE, 1993
  • PEDRO, ANTONIO/ LIMA, LIZÂNIAS DE. HISTÓRIA DO BRASIL - COMPACTO PARA O VESTIBULAR- SÃO PAULO - FTD, 1996
  • KOSHIBA, LUIZ/PEREIRA, DENISE MANZI FRAYZE. HISTÓRIA DO BRASIL - 6ª ED. SÃO PAULO. ATUAL, 1993
  • HERMIDA, ANTÔNIO JOSÉ BORGES. Compêndio de HISTÖRIA DO BRASIL -

Companhia Editora Nacional. São Paulo 1970

 

- BRASIL 500 ANOS, Volumes I e II , EDITORA NOVA CULTURAL - 1999

 

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