Seculo 20 resumo

 


 

Seculo 20 resumo

 

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Seculo 20 resumo

 

àTensões político-ideológicas na sociedade e no interior do movimento revolucionário – No dia 1º de maio de 1974, gigantescas manifestações de rua celebraram o regresso da democracia. Os anos de 74 e 75 ficaram marcados por uma enorme agitação social, pela multiplicação dos centros de poder e por violentos confrontos políticos.

- O período Spínola – Carente de autoridade e incapaz de assumir uma efetiva liderança do país, o I governo provisório demitiu-se menos de dois meses após a tomada de posse, deixando o presidente Spínola isolado. De facto, o poder político fracionara-se já em dois pólos opostos: de um lado, o grupo afeto ao general Spínola; do outro, a comissão coordenadora do MFA e os seus apoiantes. A nomeação do brigadeiro Vasco Gonçalves para chefiar o II governo provisório e a presença reforçada de militares no elenco governativo consagra a perda de influência do presidente, que, em vão, denuncia a situação instável em que o país se encontra. A Junta de Salvação Nacional, depois de o general Spínola se demitir, chama para presidente da república Costa Gomes.

- A radicalização do processo revolucionário - A partir desse momento, a revolução tende a radicalizar-se. A 11 de março de 1975, o general Spínola encabeça, um golpe militar que fracassa rotundamente, obrigando o general e alguns oficiais e a procurar refúgio em Espanha. Os acontecimentos de 11 de março são tomados como uma “ameaça contrarrevolucionaria” e contribuem para acentuar o radicalismo. Nessa mesma noite, numa Assembleia das Forças Armadas, forma-se o Conselho da Revolução, que passa a funcionar como órgão executivo do MFA. O Conselho de Revolução torna-se o verdadeiro centro do poder, assim este propõe-se a orientar o Processo Revolucionário em Curso – PREC que, assumidamente, conduziria o país rumo ao socialismo. Entretanto, a agitação social cresce a olhos vistos, orientados por uma filosofia igualitária e pela miragem do poder popular.

- As eleições de 1975 e a inversão do processo revolucionário - As eleições constituintes foram as primeiras em que o sufrágio foi verdadeiramente universal, realizaram-se no dia 25 de Abril de 1975, marcando, a vida cívica e politica portuguesa. Tanto a campanha como o ato eleitoral decorreram dentro das normas de respeito e de pluralidade democrática. Os resultados da votação foram determinantes para a inflexão da via marxista-revolucionária. O PS sagrou-se vencedor das eleições. Reforçados por este apoio eleitoral, os socialistas encabeçam, com firmeza, a luta das forças moderadas contra o radicalismo revolucionário. No verão de 1975, conhecido como “verão quente”, um grupo de nove oficiais do próprio Conselho de Resolução, critica abertamente os setores mais radicais do MFA. Assim, surge o último golpe militar, desferido em 25 de novembro.

àPolitica económica antimonopolista e intervenção do estado no domínio económico-financeiro – A onda de agitação social que se desencadeou após o 25 de Abril foi acompanhada de um conjunto de medidas que alargou a intervenção do estado na esfera económica e financeira. Estas medidas tiveram como objetivo a destruição de grandes grupos económicos, considerados monopolistas, a apropriação, pelo, Estado, dos setores-chave da economia e o reforço dos direitos dos trabalhadores. A intervenção do estado em matéria económico-financeira, que referia a nacionalização dos bancos emissores. Estas intenções foram concretizadas em setembro. Pouco depois, o estado arroga-se o direito de intervir nas empresas cujo funcionamento não contribuísse. Logo no rescaldo do golpe, aprova-se a nacionalização de todas as instituições financeiras. No mês seguinte, um novo decreto-lei, determina a nacionalização das grandes empresas ligadas aos setores económicos de base. Estas nacionalizações determinam o fim dos grupos económicos “monopolistas”. Entretanto, no Sul, o mundo rural vive uma situação explosiva. Em janeiro de 1975 registam-se as primeiras ocupações de terras pelos trabalhadores e rapidamente esse movimento, se estende a uma vasta zona do sul. Assim, o processo de reforma agrária, recebeu, cobertura legal. O governo avança com a expropriação das grandes herdades, com vista á constituição de Unidades Coletivas de Produção (UCP). Em complemento desta politica socializante, foi aprovada legislação com vista á proteção dos trabalhadores e dos grupos economicamente desfavorecidos.  

àA opção constitucional de 1976 – a 2 junho de 1975 abriu, a Assembleia Constituinte. Apesar de eleitos democraticamente, os deputados não possuíam total liberdade de decisão. Como condição para que se realizassem as eleições, o MFA impusera, aos partidos concorrentes, a assinatura de um compromisso que preservava as conquistas revolucionárias (13 de abril). A constituição reitera a via de “transição para o socialismo” já encetada e considera “irreversíveis” as nacionalizações e as expropriações de terras efetuadas Mantém, como órgão de soberania, o conselho da revolução considerado o garante do processo revolucionário. A par deste pendor socialista e revolucionário, a constituição define Portugal como “um Estado de direito democrático”, reconhece o “pluralismo” partidário e confere a todos os cidadãos “a mesma dignidade social”. O respeito pela vontade popular exprimiu-se ainda na concessão de autonomia politica ás regiões insulares dos Açores e da Madeira e na instituição de um modelo de poder local descentralizado e eleito por via direta. A nova constituição, aprovada por todos os partidos representados com exceção do CDS, entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976.

 

2.2.3. O reconhecimento dos movimentos nacionalistas e o processo de descolonização – “Portugal acordou tarde para o fenómeno da descolonização e acordou sobressaltado”. Logo na noite de 25 de Abril, por pressão de Spínola, a afirmação do “claro reconhecimento do direito á autodeterminação” dos territórios africanos, que constava do programa do MFA, foi eliminada. Em seu lugar declarava-se, apenas, a intenção de implementar “uma política ultramarina que conduza á paz”.

àO processo descolonizador – Ainda no rescaldo do golpe militar, as pressões internacionais começam a fazer-se sentir. A nível interno, “a independência pura e simples” das colónias colhia o apoio da maioria dos partidos que se legalizaram após o 25 de Abril. É nesta conjuntura que o conselho de estado proclama a independência às colónias. Intensificaram-se, então, as negociações com o PAIGC - guine, a FRELIMO - Moçambique e MPLA, a FNLA e UNITA – Angola. As negociações decorreram sem dificuldades de maior e concluíram-se em apenas cinco meses. Com exceção da Guiné, os acordos institucionalizavam um período de transição, bastante curto, em que se efetuaria a transferência de poderes. No entanto, Portugal encontrava-se numa posição muito frágil, quer para impor condições, quer para fazer respeitar os acordos. Desta forma, não foi possível assegurar, como previsto, os interesses dos portugueses residentes no Ultramar. Em Moçambique, os confrontos iniciaram-se de imediato. Mas o caso mais grave foi, o de Angola. Em março de 1975, a guerra civil em Angola, era já um facto. Nos meses de setembro e outubro, uma autêntica ponte aérea evacua de Angola os cidadãos portugueses que pretendem regressar. Em 10 de novembro, o presidente da república decide, transferir o poder para o povo angolano. Fruto de uma descolonização tardia e apressada e vítimas dos interesses de potências estrangeiras, os territórios africanos não tiveram um destino feliz.

 

2.2.4. A revisão constitucional de 1982 e o funcionamento das instituições democratas – A constituição de 1976, objeto de critica por parte de varias forças partidárias. Assim, passados os quatro anos definidos como “período de transição”, a Assembleia da Republica procedeu, como previsto, á primeira revisão constitucional. Concluída em setembro de 1982, a revisão atenuou a polémica em torno da lei fundamental, apesar de, não se ter afastado significativamente da linha ideológica inicialmente definida. As alterações de maior vulto deram-se ao nível das instituições políticas. Foi abolido o concelho da revolução como órgão coadjuvante da presidência da república. Na mesma linha, limitaram-se os poderes do presidente e aumentaram-se os da instituição parlamentar.

  • O presidente da republica, eleito por sufrágio direto e por maioria absoluta, o que lhe confere grande legitimidade democrática. O presidente é assistido por um Conselho de Estado;
  • A assembleia da republica, constituída por deputados eleitos por círculos eleitorais correspondentes aos distritos e ás regiões autónomas. Cada legislatura dura 4 anos;
  • O governo é o órgão executivo por excelência, ao qual compete a condução da política geral do país. Manda a constituição que o primeiro-ministro seja designado pelo presidente da república, de acordo com os resultados das eleições legislativas, pelo que a escolha recai, em geral, no chefe do partido mais votado:
  • Os tribunais, cuja independência a constituição de 1976 consagrou;

Para além destes órgãos, a constituição de 1976 implementou, a autonomia das regiões dos Açores e da Madeira. O governo das regiões autónomas exerce-se através de uma Assembleia Legislativa Regional, um Governo Regional e um Ministro da Republica. Quanto ao poder local, estruturou-se este em municípios e em freguesias, dispondo ambos de um órgão legislativo e de um órgão executivo.

2.3. O significado internacional da revolução portuguesa – O derrube da mais velha ditadura da Europa mereceu, rasgados elogios. Tratava-se de mais uma vitória da democracia. A revolução de abril contribuiu, pois, para quebrar, o isolamento e a hostilidade de que Portugal tinha sido alvo. Para alem deste reencontro de Portugal com o mundo, o fim do governo marcelistas teve uma influência apreciável na evolução política espanhola.

 

3.1 Artes, letras, ciência e técnica

3.1.1 A importância dos pólos culturais anglo-americanos – Quando a segunda guerra mundial termina, o mundo não é o mesmo. A Europa, cuja estrela começara a empalidecer em 1918, não se encontrava em condições de liderar a politica internacional nem o próprio processo civilizacional. a guerra destruíra-a como nunca, deixando-o absolutamente prostrada. Aos estados unidos, coube assumir a condução do ocidente. No plano politico e no plano económico. Em nova Iorque, produzir-se-ão as alterações mais significativas e as grandes polémicas no mundo da arte. o protagonismo cultural de nova Iorque vinha-se, alias, preparando desde o inicio do século. Um generoso mecenato privado irrompia e patrocinava a fundação de galerias e de grandes museus. Eram muitos os que procuravam nova Iorque, seduzidos pelo seu brilho e pela sua liberdade de expressão. Aos artistas europeus emigrados juntaram-se os talentos americanos, particularmente ativos. Do seu encontro brotou aquela que é designada por escola de nova Iorque, a grande responsável pela dinamização das artes no pós-guerra.

 

3.1.2 A reflexão sobre a condição humana nas artes e nas letras

àExpressionismo abstrato – A cor, a forma e a técnica pictórica são os únicos veículos de expressão e de significado. Pintar era uma ação espontânea, um ritual de desfecho imprivisivel. Pollock, Koonimg

àPop arte – designa obras de arte que utilizam, como ponto de partida, produtos de cultura popular ou dos mass media. Dá ênfase a imagens e técnicas impessoais, derivadas da publicidade, da banda desenhada e artefactos da cultura de massas. Andy Warhol, Lichtenstein

àArte conceptual – valoriza a ideia em detrimento da forma do objeto, declara o processo mental como obra de arte, interessando-se, acima de tudo, pela ideia ou conceito:

  • Minimalismo – caracteriza-se pela utilização de formas e estruturas elementares, composição não-hierarquica
  • Serialismo – repetição das formas em produção em serie
  • Instalação – a obra interfere com o local onde é apresentada
  • Fluxus – arte efémera, provocatória, evoca o mal-estar numa perspetiva de ataque ao conformismo
  • Land art – paisagem como matéria de arte
  • Body art – utilizam o corpo como suporte de criação
  • Arte póvera – utiliza pedra, carvão, desperdícios, para alterar ideia pré-concebidas sobre a arte

àOp Art – tipo de arte abstrata, que explora os efeitos óticos dos padrões. Formas com limites bem definidos, a preto e branco ou tirando partido dos contrastes cromáticos

àInterdisciplinaridade: cinema/vídeo/fotografia – trabalham em vários materiais, suportes e usam várias técnicas sem prejudicar as já consagradas pela tradição. Helena Almeida.

àA literatura existencialista – No segundo pós-guerra, as vanguardas consumaram a destruição da arte enquanto obra sublime do espírito humano. A mesma sensação de destruição e vazio, que reflete a crise do antropocentrismo ocidental, atravessou a literatura dos anos 40 e 50. Sob o impulso da filosofia existencialista, colocava-se, agora, a tónica no sentido da existência humana. Para Sartre, o homem é a obra de si próprio, produto das suas ações, um ser absolutamente livre que constrói o seu projeto pessoal não como resposta a uma essência, a um ideal ou em nome de uma moral universal, mas simplesmente como reação aos seus problemas concretos. Sartre considerava, que, o homem estava inexoravelmente condenado á liberdade. Dessa sua busca permanente nascia a angústia existencial.

 

3.1.3 O progresso científico e a inovação tecnológica – Após 1945, o progresso científico e a inovação tecnológica continuam de mãos dadas. Os avanços científicos, traduzem-se em avanços tecnológicos que se universalizam e massificam. A física, a química e a biologia foram as ciências em que se processaram as maiores investigações teóricas. Os seus efeitos tecnológicos mais marcantes fizeram-se sentir na produção e utilização da energia nuclear, na eletrónica, na informática e na cibernética e, finalmente, nos progressos médicos e alimentares que cuidaram da vida.

àA energia nuclear – A produção de energia nuclear remonta ás investigações de grandes nomes da física. Sabemos bem como foi trágica e sinistra a sua primeira aplicação, com as bombas atómicas lançadas sobre o Japão, em agosto de 1945. Na década de 50, a energia nuclear conheceu fins pacíficos. Desde 1956, a produção de eletricidade por processos nucleares tornou-se tecnicamente possível. Posteriormente, construíram-se submarinos e navios alimentados a partir de energia nuclear. Os transplantes cardíacos, iniciados em 1967, registaram uma taxa razoável de sucesso. Cobertura mediática, teve o nascimento do primeiro “bebe proveta”. A descoberta da estrutura do ADN e do código genético foi das mais atraentes e controversas do século XX. Para além da medicina, a ciência salvou muitas vidas pelas investigações que estimulou no campo alimentar. Resultado de avanços na agronomia, nas técnicas produtivas e na genética viria a iniciar-se, a chamada “Revolução Verde” no México.

 

3.2 Media e hábitos socioculturais

3.2.1. Os novos centros de produção cinematográfica – Após 1945 a sua magia viu-se perpetuada no esplendor dos filmes a cor projetados em ecrãs panorâmicos. O cinema americano apresentou, substanciais alterações, quais resposta pronta aos novos condicionalismo e solicitações. Superproduções musicais, que fascinavam por canções que se tornaram famosas, por coreografias. Em Hollywood investia-se em temáticas socioculturais mais próximas do novo público. Entretanto, novos centros de produção cinematográfica irrompiam no mundo. A índia viveu, nos anos 50, a idade de ouro do seu cinema. Em 1950, o filme “Às portas do inferno”, revelou ao ocidente o cinema japonês. A produção de um cinema que refletisse temáticas nacionais e os problemas sociais determinaria o aparecimento, nos anos 60, do cinema novo brasileiro. Por sua vez, a Europa foi, no período de que nos ocupamos, berço de importantes realizadores e movimentos cinematográficos. Em Itália, desenvolveu-se o neorrealismo. O cinema neorrealista contestava o universo artificial dos estúdios. Outro movimento europeu digno de menção nasceu em França, que se chamou “Nouvelle vague” e pugnou pelo cinema “como arte”. o cinema preserva o estatuto digno de sétima arte.

 

3.2.2. O impacto da televisão e da música no quotidiano

àA televisão – O segundo conflito mundial fez parar os esforços desenvolvidos, pelo que só após 1945 a televisão se junta ao cinema e á rádio como grande meio de comunicação. Desde então, os EUA assumem a dianteira no que toca a progressos tecnológicos que embaratecem a televisão e a tornam mais atrativa. Bem cedo, a televisão assumiu-se como um veículo privilegiado de entretenimento. Ao entretenimento, a televisão associou o papel de fonte de informação e de conhecimento dos grandes acontecimentos internacionais. Ultrapassou, nesses aspeto, a imprensa e a rádio, galvanizando multidões. Cientes do poder da TV, os políticos não a negligenciam. Desde a campanha presidencial americana de 1960, ficou provado o impacto da televisão nos comportamentos eleitorais. A própria guerra do Vietname, teve um desenvolvimento que muito ficou a dever á televisão. A guerra passou a travar-se também com a opinião pública. Poderosa e manipuladora, a TV permanece o media mais necessidades satisfaz.

àMúsica – O rock and roll, em tudo afastado da linha melódica e associada da canção dos anos 40, parecia ser a música que melhor exprimia a rebeldia e o anticonformismo de uma nova juventude. Apostados em se demarcarem das gerações paternas, muitos jovens dos anos 50 chocavam tanto pelos gostos musicais, como pelo vestuário e comportamentos. Foi ainda em 1956 que, na cena nacional dos EUA, emergiu a primeira superestrela do rock and roll: Elvis Presley. O “rei do rock”, cantava com notável vigor físico e, fazendo rodar as ancas, produzia um resultado sexualmente eletrizante. Até 1962, as estrelas americanadas brilharam no programa do rock and roll. Naquele ano, a situação mudou como o aparecimento dos Beatles, um grupo britânico que, durante 8 anos, construiu uma das mais fulgurantes carreiras de que já memoria na música ligeira. Os Beatles produziram uma música original, como arranjos diversificados, sons eletrónicos e letras de apreciável criatividade. Os Rolling Stones constituíram outro êxito da música britânica. Criaram, no entanto uma imagem de “perigosos degenerados”, que os demarcou dos Beatles. A canção converteu-se em instrumento de crítica social e politica, denunciando a pobreza, o racismo, a destruição da natureza, as armas nucleares e a guerra do Vietname. O rock continuava a assumir-se como um dos pilares da contestação juvenil.

 

3.2.3.A hegemonia dos hábitos socioculturais norte-americanos – No pós segunda guerra mundial, os EUA fascinam mais do que nunca. os filmes de Hollywood e os programas de TV, difundem os valores e os estereótipos do “american way of life”. Para os pequenos burgueses que conheceram as dificuldades dos anos da guerra, possuir uma casa individual e ter um carro na garagem são sonhos que fazem viver! As donas de casa rendem-se aos cafés solúveis, ás sopas instantâneas e ás comidas previamente cozinhadas que lhe aliviam a “escravatura” do lar. Apesar de criticadas pelos conservadores, a Coca-Cola torna-se a bebida favorita. Quanto aos jovens, usam e abusam dos blue jeans, dos blusões de couro e, com uma pastilha elástica da boca.

 

3.3.Alterações na estrutura social e nos comportamentos

3.3.1.A terciarização da sociedade – A expansão económica dos “trinta gloriosos” repercutiu-se na estrutura da população ativa. Nos países capitalistas liberais, a situação inverteu-se. Os progressos técnicos verificados tornaram, entretanto desnecessários muitos dos agricultores. O setor primário recuou de tal modo que se anunciou a “morte do campesinato”. Nos países desenvolvidos, as massas rurais e os imigrantes encontraram emprego na indústria. No entanto os trabalhadores empregues no setor secundário não registaram um aumento significativo. A terciarização é, com efeito, a característica mais relevante a assinalar na evolução social do mundo desenvolvido, durante as três décadas de prosperidade. A explosão do terciário relacionou-se com uma subida da qualificação das massas trabalhadoras, devido ao aumento da escolaridade.

 

3.3.2.Os anos 60 e a gestação de uma nova mentalidade

àProcura de novos referentes ideológicos

- O ecumenismo – Muitos são os que buscam uma resposta para os descontentamentos e as inquietações. O Concilio Vaticano II, aborda questões relacionadas com a guerra fria, a promoção da paz, a desigualdade entre homens e povos, a par de assuntos especificamente religiosos, como o celibato dos padres, a celebração da missa nas línguas nacionais e o diálogo com as várias religiões cristas. O ecumenismo ficou como uma das heranças do Concilio e, desde então, reconhecem-se os esforços para esbater os dissídios e procurar a concórdia entre a família crista. Nos anos 60, outras bandeiras, que não as da religião, e outros referentes ideológicos motivaram a humanidade.

- A ecologia – Depressa a comunidade científica e os leigos se aperceberam do alto preço a pagar pelos progressos tecnológicos. Um conjunto de organizações e de iniciativas se sucederam, desde os anos 60, com o objetivo de controlar o crescimento económico e de garantir a proteção ambiental.

- A contestação juvenil – O baby-boom do pós-guerra determina, nos anos 60, a existência, no mundo ocidental, de um excedente considerável de jovens. Procurando um estilo de vida alternativo ao dos progenitores, os jovens protagonizam um poderoso movimento de contestação. O protesto teve as suas origens em universidades americanas e europeias. Nos estados unidos da América, as universidades de Berkeley, e de Columbia, foram ocupadas, em 1964, pelos estudantes que exigiam mudanças radicais nos funcionamentos dos cursos. Apoiavam ativamente a luta dos negros pela conquista dos direitos cívicos, a emancipação da mulher e viriam a envolver-se no vasto movimento pacifista que se insurgiu contra a participação dos estados unidos na guerra do Vietname. Conhecida pelo nome de “maio de 68”, a revolta estudantil parisiense iniciou-se na universidade de Nanterre e logo atingiu Sorbonne. A crise, que começou por ser um problema estudantil, ganhou rapidamente foros de sublevação social e política. Apesar de fracassado, pela reposição pronta da ordem, o “maio de 68” tornar-se-ia o símbolo de um combate em que se amalgaram o conflito de gerações, o descontentamento social e a reação ao autoritarismo. Uma outra faceta da contestação juvenil fez-se sentir na revolução dos costumes desencadeada pelo movimento hippie, que teve o seu coração nas cidades de Los Angeles e São Francisco, na Califórnia. Abandonando os lares paternos, os jovens levavam uma vida alternativa em comunas. Adeptos da liberdade sexual, do amor livre e amantes da paz, os hippies evidenciavam total despojamento e despreocupação, visíveis no vestuário leve, coloridos e florido, no consumo de drogas alucinogeneas que os “libertavam” da terra e conduziam ao “paraíso”.

- Afirmações dos direitos da mulher – Ao longo dos anos de 60, os movimentos feministas, que haviam marcado as primeiras décadas do século com as suas ações sufragistas, receberam um impulso notável. Por entre manifestações, o feminismo dos anos 60 tornou-se particularmente ativo na luta pela igualdade de direitos da mulher. Essa igualdade pretendeu-se civil, no trabalho e na vida afetiva. Citam-se as campanhas pela contraceção, pelo direito ao divórcio e ao aborto, que mobilizaram a opinião pública, adquirindo um cariz de “revolução sexual” efetuada no feminino.

 

1.1.O fim do modelo soviético – No curto espaço de tempo que vai de 1985 a 1991, a historia mundial sofreu modificações profundas: a guerra fria terminou de forma inesperada, as democracias populares europeia aboliram o comunismo, as duas Alemanhas fundiram-se num só estado e a URSS desintegrou-se, deixando os EUA sem concorrente ao lugar de superpotência mundial.

1.1.1.A era Gorbatchev

à Uma nova política – Gorbatchev encara de frente a deterioração que o sistema vinha a sofrer desde os tempos de Brejnev. Enquanto o nível de vida da população baixava, o atraso económico e tecnológico, relativamente aos EUA, crescia a olhos vistos, e só com muitas dificuldades o país conseguia suportar os pesados encargos decorrentes da sua vasta influência no mundo. Neste contexto, Gorbatchev enceta uma politica de diálogo e aproximação do ocidente, propondo aos americanos o reinício das conversações sobre o desarmamento. O líder soviético procura assim criar um clima internacional estável que refreie a corrida ao armamento e permitia á URSS utilizar os seus recursos para a reestruturação interna. Decidido a ganhar o apoio popular para o seu arrojado plano de renovação económica, ao qual chamou perestroika (reestruturação), Gorbatchev inicia, em simultâneo, uma ampla abertura política, conhecida como glasnost (transparência). A perestroika propõe-se descentralizar a economia, estabelecendo a gestão autónoma das empresas, paralelamente, incentivava-se a formação de um setor privado parcial. Enquanto isso, a glasnost apela á denúncia da corrupção, á crítica e á participação efetiva dos cidadãos na vida política. Em março de 1989, esta abertura democrática reforça-se com as primeiras eleições verdadeiramente pluralistas e livres na União Soviética.

àO colapso do bloco soviético – Há muito reprimida, a contestação ao regime imposto por Moscovo alastrou e endureceu, começando a abalar as estruturas do poder. A linha dura dos partidos comunistas europeus não contou agora com a intervenção militar russa, para “normalizar” a situação. A doutrina da “soberania limitada” foi, assim, posta de lado, e os antigos países-satélites da URSS puderam, finalmente, escolher o seu regime político. No ano de 1989, uma vaga de democratizadora varre o Leste. Neste processo, a “cortina de ferro”, que, há quatro décadas, separava a Europa, levanta-se finalmente: as fronteiras do ocidente são abertas e, em 9 de novembro, perante um mundo estarrecido, cai o Muro de Berlim. Depois de uma ronda de negociações entre os dois estados alemães e os quatro países que ainda detinham direitos de ocupação, a Alemanha Reunifica-se. Em novembro de 1990 é anunciado, o fim do Pacto de Varsóvia e, pouco depois, a dissolução do COMECON. Nesta altura, a dinâmica política desencadeada pela perestroika torna-se já incontrolável, conduzindo, ao fim da própria URSS. Mosaico de povos, culturas e religiões que só uma mão férrea tinha conseguido manter unidos, o extenso território da Republicas Soviéticas desmembra-se. O processo começa nas Republicas Bálticas, anexadas por Estaline. Eleito, como independente, presidente da Republica da Rússia, em junho de 1991, Ieltsin reforça o seu prestígio em agosto ao encabeçar a resistência a um golpe de estado dos saudosistas do partido, que pretendiam retomar o poder e parar as reformas em curso. Pouco depois, no rescaldo do golpe, o novo presidente toma a medida extrema de proibir atividades do partido comunista. No outono de 1991, a maioria das repúblicas declara a sua independência. Em 21 de dezembro, nasce oficialmente a CEI (Comunidade dos Estados Independentes), á qual aderem 12 das 15 republicas que integravam a união soviética.

 

1.1.2. Os problemas de transição para a economia de mercado – A perestroika tinha prometido aos soviéticos uma melhoria acentuada e rápida do nível de vida. Mas, ao contrário do previsto, a reconversão económica foi um fracasso e a economia deteriorou-se rapidamente. O fim da economia planificada significou, o fim dos subsídios estatais às empresas. Assim, muitas unidades desapareceram e outras extinguiram numerosos postos de trabalho, considerados excedentários. Simultaneamente, o descontrolo económico e a liberalização dos preços desencadearam uma inflação galopante que a subida de salários não acompanhou. Em contrapartida, a liberalização económica enriqueceu um pequeno grupo que, em pouco tempo, acumulou fortunas fabulosas. Os países de Leste viveram também, de forma dolorosa, a transição para a economia de mercado. Privados dos chorudos subsídios que recebiam da União Soviética, os antigos satélites da URSS sofreram uma brusca regressão económica. Com exceção da RDA, que recebeu vultuosos subsídios da Alemanha Ocidental. Tal como na Rússia, o caos económico instalou-se e as desigualdades agravaram-se. A percentagem de pobres elevou-se, em apenas uma década (1988-1998), de 2 para 21% da população total. Este quadro genérico esconde, porem, as grandes disparidades regionais e nacionais.

 

1.2.Os pólos de desenvolvimento económico – Profundamente desigualitário, o mundo atual concentra a maior parte da sua riqueza e da sua capacidade tecnológica em três pólos de intenso desenvolvimento: os Estados Unidos, a União Europeia e a zona da Ásia-Pacífico. A este poder económico concentrado, põe-se a hegemonia político-militar de um único país: os Estados Unidos.

1.2.1.A hegemonia dos estados unidos

àA prosperidade económica – Os EUA são o quarto maior país do mundo e o terceiro mais populoso. Um PNB de mais de 10.2 biliões de dólares faz deles a primeira potência económica mundial. Terra das oportunidades desde o seu nascimento, a América glorifica, ainda hoje, o espírito de iniciativa individual e a imagem do multimilionário bem sucedido. A “livre empresa” contínua no centro da filosofia económica do país e o estado incentiva-a, assegurando-lhe as condições de uma elevada competitividade. Pátria de gigantescas multinacionais, os estados unidos vive também de uma densa rede de pequenas empresas.

-Os setores de atividade – Marcadamente pós-industrial, a economia americana apresenta um claro predomínio do setor terciário. Em conformidade, a América é, hoje, o maior exportador de serviços do mundo, sobretudo na área de seguros, transportes, restauração, cinema e música. Altamente mecanizadas, as unidades agrícolas e pecuárias americanas têm uma elevadíssima produtividade. Assim, e apesar de algumas dificuldades geradas pela concorrência, os EUA mantêm-se os maiores exportadores de produtos agrícolas. Pelo seu dinamismo, a agricultura americana alimenta ainda um conjunto de vastos de indústrias. Este verdadeiro complexo agroindustrial envolve mais de 20 milhões de trabalhadores e representa cerca de 18% do PIB americano. Responsável por um quarto da produção mundial, a indústria dos EUA sofreu, nos últimos 30 anos, uma reconversão profunda. Os setores tradicionais, entraram em declínio e, com eles, decaiu também a importância económica da zona nordeste.

-Novos laços comerciais – O partido que os Estados Unidos retiram da sua implantação na América e na área do Pacífico reforçou-se durante a presidência de Bill Clinton. Numa tentativa de contrariar o predomínio comercial da U.E, Clinton procurou estimular as relações económicas com a região do Sudeste Asiático, revitalizando a APEC. No mesmo sentido, o presidente impulsionou a criação da NAFTA, que estipula a livre circulação de capitais e mercadorias (não de pessoas) entre os EUA, Canada e México.

-O dinamismo científico-tecnológico – Liderando a corrida tecnológica os EUA asseguram, na viragem para o século XXI, a sua supremacia económica e militar. Os EUA são, hoje, a nação que mais gasta em investigação cientifica. Para além dos centros que dele diretamente dependem, o Estado Federal tem um papel decisivo no fomento da pesquisa privada. O avanço americano fica, também, a dever-se á criação precoce de parques tecnológicos – os tecnopólos -, que associam universidades prestigiadas, centros de pesquisa e empresas, que trabalham de forma articulada.

-A hegemonia político-militar – No inicio dos anos 9i0, o fim da guerra fria trouxe ao mundo a esperança de uma época nova. Dessa esperança se fez eco o presidente dos EUA, George Bush (pai), ao defender a criação de uma “nova ordem mundial”. É invocando esta ordem nova, que se pretende criar, que as nações unidas aprovam uma operação militar multinacional com o fim de repor a soberania do Kuwait, invadido, pelo vizinho Iraque. A libertação do Kuwait (conhecida como guerra do golfo) iniciou-se em janeiro de 1991 e exibiu, perante o mundo a superioridade militar dos estados unidos. Este primeiro conflito pós-guerra fria inaugurou oficialmente a época da hegemonia mundial americana. O poderia americano afirmou-se inequivocamente, apoiado pelo gigantismo económico e pelo investimento maciço no complexo industrial militar. Única super potência, na ultima década, em virtude do papel preponderante e ativo que tem desempenhado na geopolítica do globo. Assim:

  • Multiplicaram a imposição de sanções económicas
  • Reforçaram o papel da NATO
  • Assumiram um papel militar ativo

Este último motivo serviu de suporte á polémica invasão do Iraque, que, em 2003, derrubou o regime de Sadam Hussein.

 

1.2.2. A união europeia – Unir um velho continente, formado por tantas nações orgulhosas e independentes, parece, um projeto assaz ambicioso. Etapa a etapa, o projeto tem, progredido, orientando-se por dois vetores principais: o aprofundamento das relações entre os estados e o alargamento geográfico da união.

àA consolidação da comunidade: do ato único á moeda única – Embora o tratado de Roma abrisse perspetivas para uma completa integração económica e, ate, de uma futura união politica, o primeiro grande objetivo da CEE foi a união aduaneira. Os estados membros acordaram o estabelecimento de uma politica agrícola comum, de ações concertadas de combate ao desemprego, de ajudas às regiões menos favorecidas, de um sistema monetário europeu, entre outras medidas. Apesar destes avanços, a comunidade enfrentava no inicio dos anos 80, um período de marasmo e descrença nas suas potencialidades e no seu futuro. Os esforços do novo presidente conduziram, em 1986 á assinatura do ato único europeu, que previa, para 1993, o estabelecimento do mercado único onde, para além de mercadorias, circulassem, livremente, pessoas, capitais e serviços. Em 1990, começam as negociações com vista ao aumento das competências da comunidade, que se pretendem ver estendidas a setores ate ai reservados aos governos nacionais:

  • moeda
  • politica migratória
  • politica externa
  • defesa

Estas negociações desembocam no célebre tratado da união europeia, assinado na cidade holandesa de Maastricht. O tratado, que entra em vigor em 1993, ao mesmo tempo que o mercado único, estabelece uma união europeia fundada em três pilares:

  • o comunitário, de cariz económico e de longe, o mais desenvolvido
  • o da politica externa e da segurança comum
  • cooperação nos domínios da justiça e dos assuntos internos

Maastricht representou um largo passo em frente no caminho da união, quer pelo reforço dos laços políticos, quer, sobretudo, por ter definido o objetivo da adoção de uma moeda única, de acordo com um calendário rigoroso e predeterminado. A 1 de janeiro de 1999, 11 países, aos quais viera juntar-se a Grécia, inauguram oficialmente o euro, que entra, então nos mercados de capitais. Três anos mais tarde, nestes países despedem-se das suas velhas unidades monetárias para adotarem, em exclusivo, o novíssimo euro. Abdicam, assim, de um símbolo maior de soberania e identidade nacionais, em favor do ideal da Europa unida. O euro completou a integração das economias europeias. A CEE tornou-se a maior potência comercial do mundo, com um PIB conjunto semelhante ao dos EUA; o seu mercado interno, com mais de 355 milhões de consumidores (Europa dos 15), apresenta um elevado nível de consumo e uma mão de obra muito qualificada; possui, também, uma densa rede de transportes e comunicações. No fim do século, a comunidade europeia mostrou-se menos pujante que os EUA:

  • registou um crescimento económico mais fraco
  • um auto nível de desemprego
  • população mais velha do mundo

àDa Europa dos 9 à Europa dos 25 – em 1981, a Grécia torna-se membro efetivo da comunidade; a adesão dos dois países ibéricos formaliza-se em 1985, com efeitos a partir do ano seguinte. A entrada destes três novos membros colocou à CEE o seu primeiro grande desafio, já que se trava de um grupo de países bastante atrasados relativamente aos restantes membros. Em 1992, o concelho europeu de Lisboa recebeu, com agrado, as candidaturas da Áustria, Finlândia, Suécia e Noruega, países cuja solidez económica contribuiria para o reforço da comunidade. A Europa passa a funcionar a 15. Entretanto, os desejos de adesão dos países de leste eram olhados com apreensão, limitando-se a comunidade, no inicio, a implementar planos de ajuda ás economias em transição. O principio da integração das novas democracias é aceite e, preparando-o, a cimeira de Copenhaga define os critérios que, devem condicionar as entradas na união:

  • instituições democráticas
  • respeito pelos direitos do homem
  • economia de mercado viável
  • aceitação de todos os textos comunitários

Em 1 de maio de 2004, a Europa enfrentou o desafio imenso, impensável, de unir o este e o oeste, o norte e o sul. Em 2007 entra a Roménia e Bulgária com a exceção da Turquia.

àAs dificuldades de construção de uma Europa politica – Nos últimos 50 anos, os europeus tem-se dividido no que toca ao futuro do seu continente. O país que mais tenazmente tem rejeitado a ideia de uma Europa federal é o Reino Unido. De inicio fora da comunidade por opção própria, os britânicos acabaram por se render á necessidade de nela participarem, sem, toda havia, se identificarem com o projeto. O euroceticismo e a resistência a todas as medidas que impliquem transferências de soberania não são exclusivos da Inglaterra. Existem, em maior ou menor grau em todos os países da comunidade, tendo-se expressado, de forma bem clara, aquando da ratificação do tratado de Maastricht. O vendável provocado por Maastricht explica-se, em grande parte, pelo avanço que este acordo deu á união política. Para alem de ter introduzido o poderoso elemento de coesão que é a moeda única, o tratado criou a cidadania europeia e alargou a ação comunitária a questões como o direito de asilo, a politica de imigração e a cooperação de assuntos internos. A forma relutante como muitos europeus veem a união, resulta em parte, da fraca implantação popular do sentimento europeísta.

-Novas perspetivas – As dificuldades de uma união politica viram-se substancialmente acrescidas pelos sucessivos alargamentos da comunidade, que obrigam a conjugar os interesses de países muito diferentes e a rever o funcionamento das instituições. A Convenção para o futuro da Europa, que encarregou de apresentar propostas sobre três matérias:

  • “aproximar dos cidadãos do projeto europeu e das instituições europeias
  • estruturar a vida politica e o espaço políticos europeus numa união alargada
  • fazer da união um fator de estabilização e uma referência na nova ordem mundial”

Desta convenção resultou um projeto de constituição europeia que prevê, entre outras soluções inovadoras, a criação de um ministro dos negócios estrangeiros da Europa, responsável pelas posições em matéria de politica externa, e o prolongamento do mandato do presidente do concelho europeu, que passara de seis meses a dois anos e meio.

 

1.2.3. O espaço económico da Ásia-pacifico – nos anos 90 tornou-se um pólo de desenvolvimento intenso, capaz de concorrer com os EUA e EU. A economia desta região desenvolveu-se em três fases consecutivas: em primeiro lugar emergeu o Japão; depois os quatro dragões (ou tigres) asiáticos: Hong kong, Coreia do sul, Singapura e Taiwan; os países do sudoeste, Tailândia, Malásia e Indonésia, seguidos pela Republica Popular da China.

àOs quatro dragões – o sucesso do Japão serviu de incentivo e de modelo á primeira geração de países industriais do leste asiático. Não faltava vontade política, determinação e capacidade de trabalho. Tomando como objetivo o crescimento económico, os governos procuraram atrair capitais estrangeiros. A industrialização asiática explorou mão de obra abundante e disciplinada, capaz de trabalhar longas horas diárias por muito pouco dinheiro. Esta mão de obra esforçada e barata permitiu produzir, a preços imbatíveis, têxteis e produtos de consumo corrente, que inundaram os mercados ocidentais. Os “quatro dragões” constituíram um tremendo sucesso económico.

àDa concorrência á cooperação – apesar do seu enorme êxito, os novos países industrializados (NPI) da Ásia confrontavam-se com dois problemas graves: o primeiro era a excessiva dependia face ás economias estrangeiras; o segundo era a intensa rivalidade que os separava. Quando a economia ocidental abrandou, nos anos 70, os países asiáticos foram induzidos a procurar mercados e fornecedores mais próximos da sua área geográfica. Voltaram-se então, para os membros da ASEAN, organização económica que aglutinava alguns países do Sudeste Asiático. Nascida em 1967, a ASEAN, agrupava a Tailândia, a Malásia, a indonésia e filipinas, países cujas economias se encaixavam perfeitamente na do Japão e nas das quatro novas potencias: eram ricos em matérias-primas, nos recursos energéticos e nos bens alimentares de que os cinco necessitavam. Agarrando a oportunidade, as duas partes deram inicio a uma cooperação regional estreita: o Japão, a Coreia do Sul e o Taiwan iniciaram a exportação de bens manufaturados e tecnologia para os países do Sudeste e, obtiveram, em troca, os produtos primários que pretendiam. Este intercambio permitiu a emergência de uma segunda geração de países industriais na Ásia: a Tailândia, a Malásia e a indonésia, desenvolveram a sua produção. A região começou, assim, a crescer de forma mais integrada. O Japão e os “quatro dragões” produzem mercadorias de maior qualidade e preço;  a ASEAN dedica-se a bens de consumo, de preço e qualidade inferior. Os estados do “arco do pacífico” tornaram-se, um pólo económico articulado, com elevado volume de trocas inter-regionais. O crescimento asiático alterou a balança da economia mundial, ate ai concentrada na tríade EUA, Europa e Japão. Em 1997, Hong kong e Singapura colocaram-se entre os 10 países mais ricos do mundo. O crescimento teve, no entanto, custos ecológicos e sociais muito altos, a Ásia tornou-se a região mais poluída do mundo e a sua mão de obra permaneceu, pobre e explorada.

àA questão de Timor – a ilha de Timor, era desde o século XVI, um território administrado pelos portugueses. Em 1974 a “revolução dos cravos” agitou também Timor leste, que se preparou para encarar o futuro sem Portugal. Na ilha, nasceram três partidos políticos: UDT, APODETI e FRETILIN. O ano de 1975 foi marcado pelo confronto entre os três países, cuja violência Portugal não conseguiu conter. o nosso país acabou por se retirar de Timor, sem reconhecer, a legitimidade de um novo governo. Em 7 de dezembro de 1975, reagindo contra a tomada de poder pela FRETILIN, o líder indonésio Suharto ordena, a invasão do terrorismo. Assim, Portugal corta relações diplomáticas com Jacarta e apela ás nações unidas, que condenam a ocupação e continuam a considerar Timor um território não autónomo. Os factos, porem, contrariavam estas decisões. Os indonésios, anexaram formalmente Timor, que, em 1976, se tornou a sua 27º província. Apesar de consumada, a anexação de Timor permaneceu ilegítima. Refugiados nas montanhas, os guerrilheiros da FRETILIN encabeçaram a resistência contra o invasor. Quis o acaso que uma das muitas ações de repressão sobre os timorenses fosse filmada: as tropas ocupantes abrem fogo sobre uma multidão desarmada que homenageava, no cemitério de santa cruz, um independentista assassinado. O massacre faz 271 mortos. As imagens, correram o mundo e despertam-no para a questão timorense. Com a ajuda dos media, Timor mobiliza a opinião publica mundial e, em 1996, a causa ganha ainda mais força com a atribuição do premio Nobel da paz ao bispo de Díli. No fim da década, a indonésia aceita, que o povo timorense decida o seu destino através de um referendo. Entretanto, dá o seu apoio á organização de milícias armadas que iniciam ações de violência e de intimidação no território. O referendo, deu uma inequívoca vitória á independência, mas desencadeou uma escalada de terror por parte das milícias pró-indonesias. Uma onda de indignação e de solidariedade percorreu então o mundo e conduziu ao envio de uma força de paz multinacional, patrocinada pelas nações unidas. Sob a proteção dessa força, o território encaminhou-se, para a independência.

 

 

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