Trovadorismo humanismo classicismo e barroco literatura resumo

 


 

Trovadorismo humanismo classicismo e barroco literatura resumo

 

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Trovadorismo humanismo classicismo e barroco literatura resumo

 

TROVADORISMO

Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional.

O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo.

Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.

Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.

No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em:

- Satíricas  

Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

- Líricas

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.

 

HUMANISMO

 

Foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento.

Como o próprio nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado.

Foi nessa época que surgiu uma nova classe social: a burguesia. Os burgueses não eram nem servos e nem comerciantes.

Com o aparecimento desta nova classe social foram aparecendo as cidades e muitos homens que moravam no campo se mudaram para morar nestas cidades, como conseqüência o regime feudal de servidão desapareceu.

Foram criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram ricos.

O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza.

As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. A religião começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus.

Os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas.

É bom ressaltar que todas essas mudanças não ocorreram do dia para a noite.

HUMANISMO = TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO

Algumas manifestações:

Teatro

O teatro foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse período.

Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças.

Sua obra pode ser dividida em 2 blocos:

Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião.

“Auto da alma” e “Trilogia das barcas” são alguns exemplos.

Farsas: peças cômicas curtas. Enredo baseado no cotidiano.

“Farsa de Inês Pereira”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são alguns exemplos.

Poesia

Em 1516 foi publicada a obra “Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época.

O cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros.

Prosa

Crônicas: registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos.

Fernão Lopes foi o mais importante cronista (historiador) da época, tendo sido considerado o “Pai da História de Portugal”. Foi também o 1º cronista que atribuiu ao povo um papel importante nas mudanças da história, essa importância era anteriormente atribuída somente à nobreza.

 

Obras

“Crônica d’El-Rei D. Pedro”

“Crônica d’El-Rei D. Fernando”

“Crônica d’El-Rei D. João I”

CLASSICISMO, OU QUINHENTISMO

 

(século XV) é o nome dado ao período literário que surgiu na época do Renascimento (Europa séc. XV a XVI). Um período de grandes transformações culturais, políticas e econômicas.

Vários foram os fatores que levaram a tais transformações, dentre eles a crise religiosa (era a época da Reforma Protestante, liderada por Lutero), as grandes navegações (onde o homem foi além dos limites da sua terra) e a invenção da Imprensa que contribuiu muito para a divulgação das obras de vários autores gregos e latinos (cultura clássica) proporcionando mais conhecimento para todos.

Foi na arte renascentista que o antropocentrismo atingiu a sua plenitude, agora, era o homem que passava a ser evidenciado, e não mais Deus.

A arte renascentista se inspirava no mundo greco-romano (Antiguidade Clássica) já que estes também eram antropocêntricos.

 

Características do Classicismo

 

- Racionalismo: a razão predomina sobre o sentimento, ou seja, a expressão dos sentimentos era controlada pela razão.

- Universalismo: os assuntos pessoais ficaram de lado e as verdades universais (de preocupação universal) passaram a ser privilegiadas.

- Perfeição formal: métrica, rima, correção gramatical, tudo isso passa a ser motivo de atenção e preocupação.

- Presença da mitologia greco-latina

- Humanismo: o homem dessa época se liberta dos dogmas da Igreja e passa a se preocupar com si próprio, valorizando a sua vida aqui na Terra e cultivando a sua capacidade de produzir e conquistar. Porém, a religiosidade não desapareceu por completo.

 

Principais Autores e Obras

 

- Luís Vaz de Camões

 

Um dos maiores nomes da Literatura Universal, e certamente, o maior nome da Literatura Portuguesa.

Escreveu poesias (líricas e épicas) e peças teatrais, porém sua obra mais conhecida e consagrada é a epopéia “Os Lusíadas” considerada uma obra-prima.

Essa obra é dividida em 10 partes (cantos) com 8816 versos distribuídos em 1120 estrofes e narra a viagem de Vasco da Gama às Índias enfatizando alguns momentos importantes da história de Portugal.

Outros escritores existiram, porém não tiveram tanto destaque quanto Camões, são eles: Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e Antonio Ferreira.

O Classicismo terminou em 1580, com a passagem de Portugal ao domínio espanhol e também com a morte de Camões.

 

Características de uma epopéia

 

- É escrita em versos.

- O tema é sempre grandioso e heróico e refere-se à história de um povo.
- É composta de proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo.

 

BARROCO

 

(Final do séc.XVI e início do séc. XVII)

Período literário caracterizado pelos contrastes, oposições e dilemas.
O homem do barroco buscava a salvação ao mesmo tempo que queria usufruir dos prazeres mundanos, daí surgiram os conflitos. É o antropocentrismo (homem) opondo-se ao Teocentrismo (Deus).

O homem deste período está entre o céu e a Terra. Mesmo se valorizando, ele vivia atormentado pela idéia do pecado, então vivia buscando a salvação.

 

CARACTERÍSTICAS

1-Culto dos contrastes.Presença da antítese.

            
claro/escuro
vida/morte
tristeza/alegria

2-Pessimismo
3-Intensidade=presença da hipérbole(figura de linguagem caracterizada pelo exagero da expressão)

4-Linguagem muito rebuscada



AUTORES E OBRAS


1-Bento Teixeira: "Prosopopéia" marco inicial do Barroco brasileiro em 1601


2-Gregório de Matos: apelidado "Boca do Inferno”. Escreveu poesia lírica,satírica e religiosa.Não publicou nada em vida,o que conhecemos de sua obra é fruto de pesquisas.O apelido é porque o autor retratava a sociedade da época(às vezes, com uma linguagem considerada de baixo calão.)


3 - Padre Antônio Vieira: "Sermão da Sexagésima”, "Sermão de Santo Antônio aos peixes"

 

ANÁLISE DO POEMA "A INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO" DE GREGÓRIO DE MATOS

Nasce o sol e não dura mais que um dia. (antítese vida/morte)

Depois da luz, se segue a noite escura, (ant. claro/escuro)

Em tristes sombras morre a formosura, (ant.feio/belo)

Em contínuas tristezas a alegria. (ant. tristeza/alegria)

 

Porém, se acaba o sol, porque nascia? (dúvida)

Se é tão formosa a luz, porque não dura?

Como a beleza assim se trasfigura?

Como o gosto da pena assim se fia? (sofrimento)

 

Mas no sol e na luz falta a firmeza;

Na formosura, não se dê constância

E, na alegria, sinta-se tristeza. (ant. tristeza/alegria)

 

Começa o mundo, enfim pela ignorância,

E tem qualquer dos bens por natureza:

A firmeza somente na inconstância.

 

(Gregório de Matos. Obra Completa.)

 

O poema acima é formado por dois quartetos e 2 tercetos, num total de 14 versos. Esta é a estrutura de um soneto.

Se notarmos bem veremos que há uma figura constante: a antítese. Figura pela qual se faz a contraposição de palavras. Exemplos.

Verso 1: vida/morte

Verso 2: claro/escuro

Verso 3: feio/belo

Verso 4: tristeza/alegria

Verso 11: tristeza/alegria

 

O traço comum a todos os versos da segunda estrofe é a interrogação, a dúvida e a incerteza.

O Barroco enfatiza tudo que é inconstante, que muda de aparência, que está em movimento.


 

ARCADISMO EM PORTUGAL

 

O termo Arcadismo é derivado de Arcádia, região da Grécia onde pastoreiros viviam em harmonia com a natureza, gostavam e poesia e eram chefiados pelo deus Pã. Neoclassicismo, palavra que também designa o estilo desta fase literária, é utilizado para explicitar a atitude que os escritores tinham em escrever como os clássicos renascentistas.

Em 1756, aconteceu a fundação da Arcádia Lusitana, tendo como referência a Arcádia Romana e 1690. No contexto histórico, Portugal se integra ao restante da Europa e nas terras lusitanas há uma tentativa e reformar o ensino superior a partir de idéias iluministas; marquês de Pombal expulsa os jesuítas e desvencilha o ensino escolar da Igreja Católica.

Em 1779, é fundada a Academia de Ciências de Lisboa, com o objetivo de atualizar o progresso científico da época. No Arcadismo português a poesia é mais cultivada do que a prosa, o autor mais cultuado nesta fase literária portuguesa é Manuel Maria Barbosa Du Bocage, poeta que nasceu em 1765, em Setúbal, ingressou na Escola na Marinha, mas vivendo numa ida boêmia teve uma vida militar irregular. Em viagem à Índia esteve por algum tempo no Rio de Janeiro, retornando a Portugal em 1790.

Du Bocage alcançou grande sucesso literário em sua fase pré-romântica, revelando o seu inconformismo com o rigor habitual dos autores arcadistas tinham em escrever, Bocage se permitiu se emocionar em seus poemas. Cronologicamente, o Arcadismo em Portugal termina em 1825, ano inicial do Romantismo português.

 

ARCADISMO

 

SÉC.XVIII) Em oposição aos exageros do Barroco, surge o Arcadismo que propunha uma literatura mais simples.

Arcadismo deriva de Arcadia.

Arcadia: região grega onde, segundo a mitologia, viviam os poetas e pastores.

O marco inicial do Arcadismo no Brasil foi a publicação de "Obras" de Cláudio Manuel da Costa em 1768.

 

CARACTERÍSTICAS

1-Culto à natureza

2-Bucolismo (vida campestre)

3-Simplicidade

 

 

AUTORES E OBRAS

 

Cláudio Manuel da Costa: "Obras" "Vila Rica"

Tomás Antônio Gonzaga: "Marília de Dirceu", "Cartas Chilenas"

Basílio da Gama: "O Uraguai"

 

"Na obra desses poetas podemos reconhecer a presença não só de alguns elementos típicos da natureza brasileira como também certa tendência para a confissão de tramas sentimentais e amorosas, antecipando assim o estilo romântico que surgiria plenamente no século seguinte" (Douglas Tufano).

 

 

ROMANTISMO EM PORTUGAL

 

O início da fase romântica na literatura portuguesa ocorreu com a publicação do poema narrativo “Camões”, do autor Almeida Garret, em 1825. Neste poema é expressa uma espécie de biografia sentimental de Luís Vaz de Camões.

Nesta época, em Portugal, houve uma ascensão da burguesia, queda do absolutismo e emergência do liberalismo. Antes de 1825, neste processo histórico, ocorreu a vinda da família real para o Brasil, em 1808, que fugiu dos franceses. Depois de expulsar os franceses, Portugal é fortemente influenciado pelos ingleses, gerando um clima de dominação estrangeira no país lusitano.

A Independência do Brasil e a Constituição portuguesa em 1822 causaram respectivamente reflexos de perdas econômicas e um caráter liberal na vida política e social portuguesa. Nestes contextos históricos o Romantismo português teve o seu primeiro momento sob a criação de escritores que apresentavam características neoclássicas do período literário anterior.

Neste primeiro momento são destacados os escritores Almeida Garret, Alexandre Herculano e Antônio Feliciano de Castilho. Os dois primeiros escritores citados alcançaram grande sucesso e imediata aceitação dos leitores.

Somente no segundo momento houve escritores plenamente românticos como Soares de Passos e Camilo Castelo Branco. O terceiro momento do Romantismo português ficou caracterizado por romancistas mais contidos, como João de Deus e Júlio Dinis.

 

ROMANTISMO

(SÉC. XIX)

 

A POESIA DO ROMANTISMO

O Romantismo brasileiro surgiu em 1836 com a publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades" de Gonçalves de Magalhães. Mas se originou mesmo na Alemanha e Inglaterra no final do séc. XVIII e se desenvolveu no Brasil durante o séc. XIX.

A característica principal da Poesia Romântica é a expressão plena dos sentimentos pessoais, com os autores voltados para o seu mundo interior e fazendo da literatura um meio de desabafo e confissão. A vida passa a ser encarada de um ângulo pessoal, em que se sobressai um intenso desejo de liberdade.

O estilo romântico revela-se inicialmente idealista e sonhador, depois, crítico e retórico, mas sempre sentimental e nacionalista.

 

CARACTERÍSTICAS GERAIS

-Exaltação dos sentimentos pessoais;

-Expressa os estados da alma;

-Exaltação da liberdade, igualdade e reformas sociais;

-Valorização da natureza;

-Sentimento nacionalista

 

TENDÊNCIAS DA POESIA ROMÂNTICA

-Indianismo

-Ultra-Romantismo

-Poesia Social

 

 

REALISMO PORTUGUÊS

 

O livro de poemas “Odes modernas”, do poeta Antero e Quental, é considerado o marco inicial do Realismo português em 1865. O realismo português cronologicamente durou cerca de 25 anos, período marcado por renovações ideológicas, culturais, políticas, científicas e artísticas.

Toda a Europa viveu neste período um processo de transformações, o país lusitano iniciou um processo de desmoronamento de valores antigos e a aceitação de valores e referências modernas. Este conflito de valores gerou a polêmica “Questão Coimbrã”.

Os românticos e escritores pré-realistas criticavam a postura dos autores realistas, classificando-os de exibicionistas e por tratarem de assuntos impróprios à poesia tradicional em seu todo. Os jovens autores de Coimbra iniciaram uma oposição ao românticos, um deles era Antero de Quental.

Antero de Quental, líder do grupo de Coimbra, respondia e questionava os velhos escritores românticos, um dos alvejados era o escritor Castilho. A rixa era expressa em folhetins de acusações mútuas.

Os princípios básicos da nova geração foram registrados em palestras que discutiam sobre as novas idéias, a literatura e cultura de Portugal. O grupo realista ficou conhecido como geração 70, e tiveram que enfrentar restrições e perseguições das autoridades portuguesa.

A poesia realista portuguesa apresenta três tendências:

- Poesia de divulgação – A poesia era um veículo usado para divulgar idéias revolucionárias e reformistas;

- Poesia do cotidiano – Procurava expor a realidade material do dia-dia das pessoas;

- Poesia metafísica – Poesia que se relacionava com a preocupação em questões filosóficas.

Além de Quental, Eça de Queirós, Oliveira Martins e Guerra Junqueiro, são autores mais destacados esta geração.

 

REALISMO

 

CONTEXTO HISTÓRICO

 

- Surgiu a partir da segunda metade do século XIX.
- As idéias do Liberalismo e Democracia ganham mais espaço.

- As ciências evoluem e os métodos de experimentação e observação da realidade passam a ser vistos como os únicos capazes de explicar o mundo físico.
- Em 1870, iniciam-se os primeiros sintomas da agitação cultural, sobretudo nas academias de Recife, SP, Bahia e RJ, devido aos seus contatos freqüentes com as grandes cidades européias.

- Houve também uma transformação no aspecto social com o surgimento da população urbana, a desigualdade econômica e o aparecimento do proletariado.

O Realismo iniciou-se na França, em 1857, com a publicação de “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert.

No Brasil foi em 1881, com “Memórias Póstumas da Brás Cubas” de Machado de Assis e “O Mulato” de Aluísio Azevedo.

 

CARACTERÍSTICAS DO REALISMO

 

- Oposição ao idealismo romântico. Não há envolvimento sentimental
- Representação mais fiel da realidade

- Romance como meio de combate e crítica às instituições sociais decadentes, como o casamento, por exemplo,

- Análise dos valores burgueses com visão crítica denunciando a hipocrisia e corrupção da classe

- Influência dos métodos experimentais

- Narrativa minuciosa (com muitos detalhes)

- Personagens analisadas psicologicamente

 

AUTORES PRINCIPAIS

 

- Machado de Assis

É considerado o maior escritor do século XIX, escreveu romances e contos, mas também se aventurou pelo mundo da poesia, teatro, crônica e critica literária.

Nasceu no Rio de Janeiro em 1839 e morreu em 1908. Foi tipógrafo e revisor tornando-se colaborador da imprensa da época.

Sua infância foi muito pobre e a sua ascensão artística se deve a muito trabalho e dedicação. Sua esposa, Carolina Xavier, o incentivou muito na carreira literária, tanto que foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.

Como romancista escreveu: ”A mão e a luva”, “Ressurreição”, ”Helena” e “Iaiá Garcia”.

Embora sejam romances, essas obras também revelam algumas características que futuramente marcarão a fase realista e madura do autor, como a análise psicológica dos personagens, o humor, monólogos interiores e cortes na narrativa (uma das suas principais características).

“Memórias Póstumas da Brás Cubas” (considerado o divisor de águas na obra machadiana) “Quincas Borba”, “Dom Casmurro”, “Esaú e Jacó” e “Memorial de Aires”, revelam o interesse cada vez maior do autor de aprofundar a análise do comportamento do homem, revelando algumas características próprias do ser-humano como a inveja, a luxúria, o egoísmo e a vaidade, todas encobertas por uma aparência boa e honesta.

Como contista Machado escreveu: ”A Cartomante”, ”O Alienista”, ”O Enfermeiro”, ”O Espelho” dentre outros.

Como cronista escreveu, entre 1892 e 1897, para a Gazeta de Notícias, sob o título “A Semana”.

Embora suas peças teatrais não tenham o mesmo nível que seus contos e romances, ele nos deixou “Quase ministro” e “Os deuses da casaca”.

Como crítico literário, além de vários prefácios e ensaios destacam-se 3 estudos: ”Instinto de nacionalidade”, ”A nova geração” e “O primo Basílio” (a respeito do romance de mesmo nome de Eça de Queirós).

Outros Autores

Raul Pompéia: “O Ateneu”

Aluísio Azevedo: “O cortiço”, ”O Mulato”, “Casa de pensão”

Inglês de Souza: “O missionário”

Adolfo Caminha: “A normalista”, “Bom-Crioulo”

Domingos Olímpio: ”Luzia-Homem”

 

CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS ROMANCES DO REALISMO

1881 “O Mulato”, “Memórias póstumas de Brás Cubas”

1884 “Casa de pensão”

1888 “O missionário”, “O Ateneu”

1890 “O cortiço”

1891 “Quincas Borba”

1893 “A normalista”

1895 “Bom-Crioulo”

1899 “Dom Casmurro”

1903 “Luzia-Homem”

1904 “Esaú e Jacó”

1908 “Memorial de Aires”

 

PARNASIANISMO

 

Nas últimas décadas do século XIX, a literatura brasileira abandonou o sentimentalismo dos românticos e percorreu novos caminhos.

Na prosa, surgiu o Realismo/Naturalismo e na poesia, o Parnasianismo e Simbolismo.

Os poetas parnasianos achavam que alguns princípios adotados pelos românticos (linguagem simples, emprego da sintaxe e vocabulário brasileiros, sentimentalismo, etc.) esconderam as verdadeiras qualidades da poesia. Então, propuseram uma literatura mais objetiva, com um vocabulário elaborado (às vezes, incompreensível por ser tão culto), racionalista e voltada para temas universais.

A inspiração nos modelos clássicos ajudaria a combater as emoções e fantasias exageradas dos românticos, garantindo o equilíbrio que desejavam.

Desde a década de 1870, as idéias parnasianas já estavam sendo divulgadas.

No final dessa década, o jornal carioca “Diário do Rio de Janeiro” publicou uma polêmica em versos que ficou conhecida como “Batalha do Parnaso”. De um lado, os adeptos do Realismo e Parnasianismo, e, de outro os seguidores do Romantismo.

Como conseqüência, as idéias parnasianas e realistas foram amplamente divulgadas nos meios artísticos e intelectuais do país.

O marco inicial do Parnasianismo brasileiro foi em 1882 com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias.

 

PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS

- OLAVO BILAC (16/12/1865 – 28/12/1918)

Tentou estudar medicina e advocacia, porém abandonou as duas carreiras por gostar mais de artes plásticas.

Além de poesias, ele também escreveu crônicas e comentários, inicialmente publicados em jornais e revistas.

Foi inspetor escolar, secretário da Liga de Defesa Nacional, jornalista, tomou parte na fundação da Academia de Letras e foi sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

Trabalhou muito pelo ensino cívico e pela defesa do país.

Expressou seu mundo interior através de uma poesia lírica, amorosa e sensual, abandonando o tom comedido do Parnasianismo.

Olavo Bilac criou uma linguagem pessoal e comunicativa, não ficando limitado às idéias parnasianas.

Por causa disso, ele é considerado um dos mais populares escritores de sua época.

Escreveu: “A sesta de Nero”, “O incêndio de Roma”, “O Caçador de Esmeraldas” “Panóplias”, “Via Láctea”, “Sarças de fogo”, “As viagens”, “Alma inquieta”, “Tarde” (publicada após a sua morte, em 1919), etc.

- ALBERTO DE OLIVEIRA (1857 – 1937)

Um dos mais típicos poetas parnasianos.

Suas poesias se caracterizam por um grande preciosismo vocabular. Possui características românticas, porém é mais contido e não tão sentimental como os românticos.

Obras: “Canções Românticas”, “Meridionais”, “Sonetos e Poemas”, “Versos e Rimas”.

- RAIMUNDO CORREIA (1860 – 1911)

A visão negativa e subjetiva que tinha do mundo deu um certo tom filosófico à sua poesia, embora apenas superficialmente.

Poemas: ”Plenilúnio”, “Banzo”, “A cavalgada”, “Plena Nudez”, “As pombas”.

Livros: “Primeiros Sonhos”, “Sinfonias”, “Versos e Versões”, “Aleluias”, “Poesias”.

- VICENTE DE CARVALHO (1866 – 1924)

Apesar do rigor com a forma, ele não possui características parnasianas, pois não abandonou a expressão lírica e sentimental do romantismo.

Obras: “Ardentias”, “Relicário”, “Rosa, rosa de amor”, “Poemas e canções”.

Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formavam a “Tríade Parnasiana”.

 

CARACTERÍSTICAS DO PARNASIANISMO

 

- Preocupação formal

- Comparação da poesia com as artes plásticas, principalmente com a escultura

- Referências a elementos da mitologia grega e latina

- Preferência por temas descritivos (cenas históricas, paisagens)

- Enfoque sensual da mulher (davam ênfase na descrição de suas características físicas)

- Habilidade na criação dos versos

- Vocabulário culto

- Objetivismo

- Universalismo

- Apego à tradição clássica

SIMBOLISMO EM PORTUGAL

 

Em 1915, Portugal entra oficialmente no Modernismo com o lançamento da revista “Orpheu”. Antes, em 1890, o país iniciou forte vivência literária no Simbolismo que iniciou com a publicação do livro de poemas “Oaristos” (diálogo amoroso), de Eugênio Castro.

Portugal passou por crise econômica entre os anos de 1890 e 1891, descrédito em sua monarquia e assim como ocorrera com o Simbolismo brasileiro, a literatura simbolista portuguesa foi influenciada pela França, berço do Simbolismo. Nesta época surge o grupo “Os Vencidos da Vida” formado por Eça de Queirós, Guerra Junqueira e outros escritores que tinham uma visão depressiva e melancólica da realidade.

Eugênio de Castro, autor da “Oaristos”, nasceu em Coimbra, em 1869. Viveu em Paris, onde absorveu a tendência simbolista, era formado em letras e exerceu o magistério, morreu em 1944.

Antônio Nobre nasceu na cidade do Porto, em 1867, sua única obra publicada em vida foi a obra “Só”, em 1892. Assim como Eugênio de Castro, Também viveu em Paris, e trabalhou como diplomata, falecendo depois de retornar a Portugal, em 1900.

Camilo Pessanha é o terceiro autor mais destacado do Simbolismo português, nasceu na cidade de Coimbra em 1867, onde se formou em direito. O mais curioso em sua biografia é o fato de ter trabalhado em Macau, colônia portuguesa na China, onde exerceu a advocacia e o magistério, consumia ópio e faleceu de tuberculose em 1926.

 

SIMBOLISMO

 

O cientificismo e materialismo que predominava na sociedade européia na Segunda metade do século XIX, não agradavam os simbolistas.

O simbolismo reagia contra tudo que representava o materialismo e racionalismo. Ao contrário, pregavam o subjetivismo, o misticismo e a sugestão sensorial.

Tanto o Simbolismo quanto o Parnasianismo se preocupavam com a linguagem, talvez porque esses dois movimentos tenham nascido na França, na revista “Parnasse Contemporain” em 1866.

O simbolismo buscou uma linguagem que pudesse “sugerir” a realidade, em vez de retratá-la de maneira tão óbvia como faziam os realistas. Para “sugerir” a realidade, os simbolistas usavam símbolos, imagens, metáforas, sinestesias*, recursos sonoros e cromáticos (cor).

O precursor do simbolismo foi o poeta francês Charles Baudelaire (1821 – 1867). Sua poesia buscava abordar temas como miséria, prostituição, bêbados, freqüentadores desocupados das tavernas, etc. Pode parecer estranho para muitos, mas ele via poesia em todos esses assuntos.

Baudelaire deixou muitos seguidores pelo mundo afora.

OBS: Sinestesia é o cruzamento de campos sensoriais diferentes.

- Ex: Um perfume que evoca uma cor (olfato + visão)

- Um som que evoca uma imagem. (audição + visão)

 

CARACTERÍSTICAS

- Misticismo, religiosidade

- Desejo de transcendência e integração com o cosmos

- Interesse pelo inconsciente e subconsciente

- Subjetivismo

- Pessimismo

- Interesse pelo noturno, pelo mistério e pela morte

- Retomada de elementos da tradição romântica

- Atração pela morte e elementos decadentes da condição humana

 

 

SIMBOLISMO NO BRASIL

(final do século XIX)

 

Na Europa, o simbolismo teve muito mais destaque do que o Parnasianismo. Aqui no Brasil, não foi assim. O Parnasianismo foi bastante valorizado pelas camadas cultas da sociedade até os primeiros anos do século XX, chamando muito mais atenção do que o Simbolismo. Mesmo assim, o Simbolismo nos deixou obras e escritores muito significativos.

O marco inicial desse movimento no Brasil foi em 1893, com a publicação dos livros “Missal” e “Broquéis” de Cruz e Sousa.

 

CARACTERÍSTICAS

- Valorização dos sentimentos individuais

- Isolamento da sociedade

- Conteúdo relacionado com o espiritual, o místico e o subconsciente

- Concepção mística da vida

- Ênfase na imaginação e fantasia

- Comparação da poesia com a música

- Enfoque espiritualista da mulher envolvendo-a em um clima de sonho

 

AUTORES E OBRAS

 

- CRUZ E SOUSA (1861 – 1898)

Filho de ex-escravos, Cruz e Sousa sofreu muito com o preconceito racial.

Considerado um dos mais importantes poetas da nossa literatura brasileira é o mais importante poeta simbolista.

Seus livros “Missal” e “Broquéis” (únicos publicados em vida) marcam o início desse estilo literário no Brasil.

 

Características de suas obras

- Preocupação formal

- Temas ligados aos mistérios da vida

- Temas voltados para os marginalizados e miseráveis

- Linguagem rica, utilizando a sonoridade das palavras para obter bons efeitos - fônicos e musicalidade.

 

Obras

Cruz e Sousa foi apelidado “Dante Negro” e escreveu belos poemas:

“Vida obscura”

“Triunfo Supremo”

“Sorriso Interior”                                                         

“Monja Negra”

Escreveu também alguns livros:

“Tropos e Fantasias”

“Evocações”

“Faróis”

”Últimos Sonetos”

 

 

- ALPHONSUS DE GUIMARAENS (1870 – 1921)

Nasceu em Ouro Preto (Minas Gerais) e foi um dos grandes representantes do Simbolismo nacional.

Sua poesia é voltada para o tema da morte da mulher amada. Ao explorar esse tema ele se aproxima dos escritores ultra-românticos que exploravam a literatura gótica e macabra. Sua obra possui uma atmosfera mística e melancólica.

 

Obras

“Câmara Ardente”

“Dona Mística”

“Kiriale”       

“Pastoral aos crentes do amor e da morte”

 

Na edição completa de sua obra, feita em 1960 por Alphonsus de Guimaraens Filho, foram incluídos os inéditos: “Escada de Jacó”, “Pulvis”, “Nova Primavera” (tradução) e “Salmos da Noite”.

 

 

MODERNISMO

 

O modernismo foi um movimento literário e artístico do início do séc. XX, cujo objetivo era o rompimento com o tradicionalismo (parnasianismo, simbolismo e a arte acadêmica), a libertação estética, a experimentação constante e, principalmente, a independência cultural do país. Apesar da força do movimento literário modernista a base deste movimento se encontra nas artes plásticas, com destaque para a pintura.

 

No Brasil, este movimento possui como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, na cidade de São Paulo, devido ao Centenário da Independência. No entanto, devemos lembrar que o modernismo já se mostrava presente muito antes do movimento de 1922. As primeiras mudanças na cultura brasileira que tenderam para o modernismo datam de 1913 com as obras do pintor Lasar Segall; e no ano de 1917, a pintora Anita Malfatti, recém-chegada da Europa, provoca uma renovação artística com a exposição de seus quadros. A este período chamamos de Pré-Modernismo (1902-1922), no qual se destacam literariamente, Lima Barreto, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos; nesse período ainda podemos notar certa influência de movimentos anteriores como realismo/naturalismo, parnasianismo e simbolismo.

 

A partir de 1922, com a Semana de Arte Moderna tem início o que chamamos de Primeira Fase do Modernismo ou Fase Heróica (1922-1930), esta fase caracteriza-se por um maior compromisso dos artistas com a renovação estética que se beneficia pelas estreitas relações com as vanguardas européias (cubismo, futurismo, surrealismo, etc.), na literatura há a criação de uma forma de linguagem, que rompe com o tradicional, transformando a forma como até então se escrevia; algumas dessas mudanças são: a Liberdade Formal (utilização do verso livre, quase abandono das formas fixas – como o soneto, a fala coloquial, ausência de pontuação, etc.), a valorização do cotidiano, a reescritura de textos do passado, e diversas outras; este período caracteriza-se também pela formação de grupos do movimento modernista: Pau-Brasil, Antropófago, Verde-Amarelo, Grupo de Porto Alegre e Grupo Modernista-Regionalista de Recife.

 

Na década de 30, temos o início do período conhecido como Segunda Fase do Modernismo ou Fase de Consolidação (1930-1945), que é caracterizado pelo predomínio da prosa de ficção. A partir deste período, os ideais difundidos em 1922 se espalham e se normalizam, os esforços anteriores para redefinir a linguagem artística se une a um forte interesse pelas temáticas nacionalistas, percebe-se um amadurecimento nas obras dos autores da primeira fase, que continuam produzindo, e também o surgimento de novos poetas, entre eles Carlos Drummond de Andrade.

 

Temos ainda a Terceira Fase do Modernismo (1945- até 1960); alguns estudiosos consideram a fase de 1945 até os dias de hoje como Pós-Modernista, no entanto, as fontes utilizadas para a confecção deste artigo, tratam como Terceira Fase do Modernismo o período compreendido entre 1945 e 1960 e como Tendências Contemporâneas o período de 1960 até os dias de hoje. Nesta terceira fase, a prosa dá seqüência às três tendências observadas no período anterior – prosa urbana, prosa intimista e prosa regionalista, com uma certa renovação formal; na poesia temos a permanência de poetas da fase anterior, que se encontra em constante renovação, e a criação de um grupo de escritores que se autodenomina “geração de 45”, e que buscam uma poesia mais equilibrada e séria, sendo chamados de neoparnasianos.

 

 

Principais representantes do Pré-Modernismo e do Modernismo no Brasil:

 

Pintura: Anita Malfatti, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Rego Monteiro, Alfredo Volpi;

 

Literatura: Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Augusto dos Anjos, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Alcântara Machado, Manuel Bandeira, Cassiano Ricardo, Carlos D. de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Morais, Murilo Mendes, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge de Lima, José Lins do Rego, Thiago de Mello, Ledo Ivo, Ferreira Gullar, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Olavo Bilac, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho, Ribeiro Couto, Raul Bopp, Graça Aranha, Murilo Leite, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Érico Veríssimo;

 

Música: Alberto Nepomuceno, Heitor Villa-Lobos e Guiomar de Novais;

 

Escultura: Victor Brecheret;

 

Teatro: Benedito Ruy Barbosa, Nelson Rodrigues;

 

Arquitetura: Lúcio Costa, Oscar Niemayer;

 

Tendências Contemporâneas

É sempre muito difícil se analisar um cenário teórico fazendo parte dele, sem um distanciamento mínimo de tempo e espaço. Mas podemos apontar algumas tendências contemporâneas da literatura brasileira – e contemporâneas consideramos o que se tem produzido nos últimos vinte ou trinta anos, pós-ditadura.

Poesia

Na poesia, os nomes hoje já consagrados são aqueles que, de algum modo, dialogam com essas linhas de força da Semana de 22, um diálogo com a função paradoxal de unificar a variedade da produção contemporânea. O impacto do modernismo de 22, porém, foi tamanho que conseguiu produzir também uma diversidade interna, bifurcando a linhagem modernista em:

1) Uma vertente mais lírica, subjetiva, à Mario de Andrade, Manuel Bandeira, Drummond

2) Outra mais experimental, formalista, à Oswald de Andrade, João Cabral, poesia concreta

A poesia torna-se, ainda, por um lado mais cotidiana quanto a temática (Adélia Prado, Mário Quintana), e por outro instrumento de pressão contra as ditaduras (Glauco Mattoso, tropicalistas).

Prosa

Contemporaneamente o que vemos no romance brasileiro e, de certa forma, também no luso, que volta a dialogar com o Brasil, é o surgimento do que se chama Geração 90. No Brasil, o grande marco é o romance Subúrbio, de Fernando Bonassi, que deflagaria em 1994 um processo de renovação da prosa urbana (ou, no caso, suburbana), com seu realismo brutal, que trouxe novamente para o centro da cena literária os personagens dos arrabaldes das cidades brasileiras. Cidade de Deus, de Paulo Lins, ficaria célebre pela sua realização cinematográfica.

Outra corrente contemporânea é uma espécie de tópica da condição pós-moderna: a identidade em crise, um extremo do intimismo, que se projeta sobre a estrutura narrativa, cancelando os limites entre o real e o fantasmático, entre o mundo descrito e as distorções interiores de quem o descreve. É o caso de Cristóvão Tezza, João Gilberto Noll, Bernardo Carvalho e Chico Buarque.

Acrescentaria a tais correntes uma espécie de revisão histórica a partir da ficção. Tanto no Brasil (Luiz Antonio de Assis Brasil, Miguel Sanches Neto) quanto em Portugal (Miguel Souza Tavares) e nos países africanos de língua portuguesa (Agualusa, Mia Couto) aparecem narrativas de formato convencional e que se passam inteiramente no passado, mas não resgatando o passado como forma de contemplação. Atualmente vivemos um momento barroco, de confusão e crise existencial, um tipo de literatura que está em alta é a de autoajuda tendo visto o grande sucesso do autor brasileiro Paulo Coelho e sua obra O Alquimista.

 

 

 

Principais autores:

  • Cristóvão Tezza
  • Chico Buarque
  • João Gilberto Noll
  • Bernardo Carvalho
  • Dias Gomes
  • Gianfrancesco Guarnieri

 

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