A madeira

 


 

A madeira

 

Ajude-nos a deixar-nos saber Larapedia.com relatou a um amigo / amiga ou relatar nosso site fórum sobre seu blog ou bookmarks sociais como o Facebook eTwitter, graças

 

Los siguientes textos son propiedad de sus respectivos autores y les damos las gracias por la oportunidad que nos brindan para presentar gratis a estudiantes, profesores y usuarios de la Web para sus textos ilustrativos con fines educativos y científicos.

 

 

 

La información en la medicina y la salud en este sitio es de carácter general y para propósitos informativos solamente y por lo tanto no puede sustituir en ningún caso el consejo de un médico (o una persona legalmente autorizada para la profesión).

 

 

 

 

 

A madeira

SUMÁRIO:

  • INTRODUÇÃO
  • DEFEITOS DAS MADEIRAS
  • CONSERVAÇÃO DAS MADEIRAS
  • SECAGEM
  • DESENSEIVAMENTO
  • DESDOBRO
  • BIBLIOGRAFIA

I – INTRODUÇÃO

A madeira é provavelmente o mais antigo material de construção utilizado pelo homem. Precedeu a própria pedra, tendo sido usada nas construções palafíticas. A facilidade de obtenção e a facilidade de adaptação aos fins preventivos permitiram o seu emprego por populações primitivas.
No Brasil, a madeira é muito usada em virtude da abundância na natureza. Além desta vantagem, possui elevada resistência mecânica para baixa massa específica, bem como boa elasticidade e baixa condutibilidade térmica, e também baixo custo.
A par destas vantagens, tem a desvantagens de ser higroscópica, Ter estrutura muito heterogênea, ainda que da mesma espécie, ser combustível e ser passível de apodrecimento.
O apodrecimento da madeira se dá pela destruição progressiva do material, pela ação dos microorganismos inferiores. Há certas condições que propiciam este defeito (em particular, as umidades elevadas). É necessário também que haja oxigênio.
Quanto à combustibilidade da madeira é possível tomar certas medidas de proteção, a fim de evitar ou retardar incêndios.
A madeira é, então, caracterizada por uma grande variabilidade das características da resistência mecânica, mesmo se tratando de uma mesma espécie. Essa variabilidade depende das condições de crescimento e também da presença de diversos defeitos da madeira. Sendo assim, deve-se conhecer bem as qualidades e os defeitos, de forma a poderem atenuar seus defeitos e obter o máximo de suas qualidades.

 

II – DEFEITOS DAS MADEIRAS

São deficiências que se apresentam na madeira, comprometendo a resistência, durabilidade e trabalhabilidade, reduzindo, assim, sua aplicabilidade.
Os defeitos não são notados antes da extração da árvore podendo vir da constituição do tronco, ou do processo de preparação das peças.
Os defeitos mais comuns são:

Nós -  é o núcleo formado na árvore, no ponto no ponto onde existiam ramos ou galhos e que na madeira serrada aparecem com coloração diferente. É dito firme quando é formado por um galho que ainda vivia quando a árvore foi abatida; em caso contrário, é solto. Nas vizinhanças dos nós, as fibras se desviam e os anéis de crescimento se deformam, ocasionando redução da resistência, principalmente à tração, portanto nas peças destinadas a trabalharem na flexão devem-se procurar que os nós se localizem tanto quanto possível na zona comprimida. Os defeitos causados pelo nó é tão mais grave quanto maior for o seu número e as suas dimensões. (Fig.1)
Rachadura – são aberturas que aparecem nas peças de madeira, produzidas por secagem ou choques em geral. No processo de secagem quando este é muito rápido as camadas superficiais são impedidas de se  retraírem pelas camadas interiores, devido a diferença de umidade, aparecendo então, tensões que provocam aberturas, em geral, no sentido radial da seção transversal das toras. (Fig.2)
Encruamento – proveniente de uma intensa e rápida secagem superficial das toras, provocando assim uma contração, comprimindo sob tensão, a parte central. Ao ser cortada a madeira, há uma expansão da parte comprimida, provocando seu fendilhamento.
Empenamento - (Fig.3) - é qualquer distorção da peça de madeira em relação aos planos originais de suas superfícies. Assim, levando-se em conta os planos em relação aos quais houve alteração, os empenos podem ser encanoados (abaulamento), longitudinais (arqueamento) e torcidos.
Uma das causas para o abaulamento é a secagem mais rápida de uma das  faces. Essa diferença de  umidade ocorre quando a peça está apoiada sobre toda a extensão de uma das faces, de forma que a evaporação da água seja maior na outra, ou quando uma das faces recebeu revestimento, enquanto que a outra permanece ao natural. De uma forma geral, as peças tiradas mais exteriormente da tora tendem a apresentar mais nitidamente o fenômeno, pela maior retração da face que se situa próximo a casca.
O empenamento longitudinal é caracterizado pelo afastamento de uma face em relação a um plano que une uma extremidade a outra da peça. Ocorre como consequ6encia da irregularidade da grã, ou quando a peça é retirada de forma que a grã faça um ângulo com a direção do seu comprimento. Pode ocorrer, também, como consequência de tensões desenvolvidas durante o crescimento da árvore. Nessas condições, quando as toras são desdobradas, as pranchas racham ao centro com empenamento longitudinal.
O empenamento torcido caracteriza-se pelo fato de a peça apresentar-se torcida. É resultante  do curvamento das fibras no sentido helicoidal, em relação ao eixo.
Quina morta ou esmoado – significa falta de madeira em uma das arestas da peça, por qualquer motivo. É medida pelo comprimento e pela espessura na parte mais acentuada.

 

Furos de Larvas – são orifícios produzidos na madeira por larvas de certos insetos, ou mesmo de insetos adultos, e que podem atravessar a madeira de lado a lado.
Bolor – Formação fúngica de aspecto esbranquiçado e que se desenvolve na superfície da madeira sobre a ação do calor e da umidade. É o primeiro período da desintegração.
Apodrecimento – é a desintegração avançada da matéria que forma a madeira, causada pela ação destruidora de alguns cogumelos, reconhecida pela deterioração da madeira que se apresenta fraca, filamentosa, gretada e descorada.
O ataque de predadores, fungos e insetos, causa reduções consideráveis na seção resistente de peças estruturais. Tem ainda um efeito de reforço e agravamento dos demais defeitos preexistentes.
A necessidade do tratamento de conservação em peças estruturais, contra estes ataques torna-se inevitável, na medida em que é irreversível a tendência para emprego de seções resistentes cada vez mais reduzidas, pela adoção de tensões de segurança mais elevadas e utilização de ligações mais eficientes.

 

III – CONSERVAÇÃO DAS MADEIRAS

Ao projetar uma estrutura em madeira, espera-se que algumas qualidades de fundamental importância, como a alta resistência à tração e compressão e a durabilidade sejam preservadas. Daí a necessidade de proteger a madeira utilizada em construções, garantindo assim sua conservação e consequentemente sua qualidade.
A durabilidade da madeira é uma característica muito relativa que depende, além da sua resistência natural aos agentes de deterioração, das suas condições de umidade e das condições do ambiente onde é empregada.
As causas de deterioração da madeira são:

  • A putrefação ou podridão, pela ação dos fungos e bactérias.
  • Ação dos insetos, dos quais se destacam os térmitos e os cupins ou caruncho (xilófagos).
  • A ação dos moluscos e crustáceos da água salgada representados pelos teredos e pelo gênero Limonoria.
  • Outras causas tais como ação mecânica do vento, agentes químicos etc..

Como não podemos controlar as condições de umidade e as condições do ambiente onde a madeira é empregada, a garanti de durabilidade da madeira é obtida por processos de preservação, que são os mais variados possíveis sendo fundamentalmente baseados na impregnação da madeira com substâncias tóxicas que sejam eficientes para matar os agentes biológicos destruidores de madeira ou inibidores de seu desenvolvimento.
Dentre os preservativos podemos classifica-los em duas classes:

  • Óleos-solúveis: Creosoto e Pentaclorofenol
  • Hidrossolúveis: Arseniato de Cobre Cromatado (CCA); Arseniato de Cobre Amoniacal (ACA); Cobre, Cromo e Boro (CCB)

O preservativo é aplicado de modo que este penetre na madeira e esta o retenha, sendo estes processos divididos didaticamente em processos com pressão e processos sem pressão.
No entanto, seja qual for o processo a ser desenvolvido, será sempre mais eficiente, quando não mais econômico, se precedido de uma preparação prévia das peças a serem preservadas. O tratamento prévio das peças consiste na remoção das cascas e cortiças, na secagem prévia e desseivamento. Pode ser considerado como primeiro processo genérico de preservação.

  • A descortização aumenta a permeabilidade da madeira aos preservativos e elimina o veículo preferencial de muitas espécies de insetos que aí depositam suas larvas e ovos.

 

  • A secagem visa facilitar a impregnação e evita o fendilhamento que decompondo a película impregnada da entrada à insetos e esporos de fungos. A secagem quando realizada em estufas já é um primeiro processo de preservação, pois praticada em altas temperaturas esteriliza a madeiras dos germes de apodrecimento e parasitas.
  • Mesmo a tendência posterior ao apodrecimento é diminuída pela eliminação da seiva e dos elementos nutritivos da mesma como amidos, albuminoides, etc.. Esta operação de desseivagem é realizada em estufas de secagem pela injeção de vapor d’água saturado à temperaturas de 90 - 100ºC.

Processos sem Pressão
Entre os processos sem pressão, o único que oferece alguma importância industrial é o Banho Quente-Frio. Esse processo classicamente só é aplicado com preservativos óleos-solúveis.
Consiste em imergir a madeira seca na solução preservativa aquecida até uma temperatura de 80 a 110º C, manter a temperatura por um determinado tempo e em seguida transferir a madeira para um outro banho com o preservativo frio e deixar aí por um tempo específico. O banho quente tem por finalidade expulsar o ar de dentro da madeira e abrir os seus poros. No banho frio é que realmente ocorre a absorção de solução preservativa pela madeira.

Processo a Pressão
Os processos a pressão são divididos em processos de célula cheia e processo de célula vazia.
Para o tratamento da madeira por processos a pressão são construídas unidades de tratamento denominadas Usinas de Tratamento a Pressão (UTP).
Essas UTP são unidades industriais com grande capacidade de produção e de custos de produção relativamente baixos quando bem exploradas.

  • Processos de Célula Cheia: consiste das seguintes operações: vácuo inicial, enchimento do vaso com a solução preservativa, e pressão de tratamento, como opção o vácuo final.
  • Processos de Célula Vazia: a diferença basicamente entre um processo de célula cheia e um processo de célula vazia é que neste último não se emprega vácuo inicial. Numa das versões do processo de célula vazia (Processo Rueping), além de não se aplicar vácuo inicial, emprega-se uma injeção de ar comprimido antes de injetar a solução preservativa. O objetivo do emprego de processos de célula vazia é obter uma boa penetração com uma baixa retenção de solução preservativa.

                     

 

IV – SECAGEM

 

  • Importância da secagem das madeiras

A madeira proveniente de árvores recém-abatidas, apresenta alto teor de umidade, que tende a reduzir-se espontâneamente e lentamente à medida que as toras aguardam o desdobramento inicial. Após o desdobro, a umidade continua a diminuir com maior ou menor rapidez em função da espécie vegetal, das condições ambientais, das dimensões das peças e do empilhamento utilizado. Entretanto, o processamento final só deve ser efetuado quando a umidade atingir níveis inferiores a 30%.
Inicialmente deve-se salientar que a perda de água reduz o peso da madeira, diminuindo o custo do seu transporte, mas independente deste fator econômico, a transformação racional da madeira bruta em produtos e bens de consumo requer a sua secagem prévia pelas razões seguintes:

  • aumento da resistência da madeira, após a secagem, contra fungos manchadores e apodrecedores, e contra a maioria dos insetos xilófagos (fungos);
  • melhoria das propriedades mecânicas da madeira, tais como as resistência à flexão, compressão e a sua dureza;
  • a resistência das uniões ou juntas feitas com pregos e parafusos é maior em madeira seca;
  • melhor penetração de preservativos;
  • a maioria das deformações, empenamentos e rachaduras ocorrem durante a secagem (devido à contração). Produtos feitos com madeira seca estarão livres desses defeitos;
  • madeira somente pode receber pintura, verniz ou outros acabamentos se, pelo menos, for seca ao ar (melhor aderência);
  • secagem aumenta a resistência elétrica da madeira, tornando-a isolante e melhorando suas propriedades de isolamento térmico.

O conceito de madeira seca é relativo. Na maioria das vezes pode-se considerar como seca a madeira cujo teor de umidade for igual ou inferior a umodade de equilíbrio correspondente a sua condição de uso. Esse valor dependerá também do tipo de produto feito com a madeira.
Existem vários métodos ou processos de secagem da madeira, variando da secagem ao ar livre, na qual os elementos da natureza são os responsáveis, até os métodos mais ou menos sofisticados, nos quais se utilizam vácuo, alta frequência, altas temperaturas, produtos químicos, etc.
Não existe um método de secagem que possa ser recomendado para todas as condições. Há uma série de alternativas disponíveis para cada tipo ou tamanho de indústria, tipo de madeira e localização da operação.

O método ideal para uma empresa iniciar a prática da secagem de madeira é ao ar livre. Este também é o método ideal para as pequenas serrarias que, secam as madeiras para diminuir o peso e deixa-la resistente aos fungos.
A secagem ao ar livre também é recomendada para pré secagem, isto é, a madeira é seca ao ar livre até alcançar um certo teor de umidade e, depois, completada por outro método mais rápido.

  • Umidade

 

A umidade da madeira (U) é calculada como a relação da água que ela contém e a massa de madeira
A umidade é usualmente expressa em percentagem, como na fórmula abaixo:

U =  ( Pu – Ps ) . 100
Ps

Onde:    Ps = peso seco
Pu = peso úmido

 

Teor de umidade final recomendado para certos produtos de madeira

PRODUTOS

%

Madeira Serrada Comercial

16-20

Madeira para Construção Externa

12-18

Madeira para Construção Interna

08-11

Painéis

06-08

Pisos

06-11

Móveis para Interiores

06-10

Móveis para Exteriores

12-16

Equipamentos Esportivos

08-12

Brinquedos par Interiores

06-10

Brinquedos par Exteriores

10-15

Equipamentos Elétricos

05-08

Embalagens (caixas)

12-16

Fôrmas para caçados

06-09

Coronhas de Espingarda

07-12

Instrumentos Musicais

05-08

Implementos Agrícolas

12-18

Barcos

12-16

Aviões

06-10

 

  • Secagem da madeira ao ar livre

 

A maneira mais simples de secar a madeira é através de sua exposição ao ar livre. Esse processo é bastante rápido no inicio, isto é, quando a madeira apresenta umidade elevada. Quando a umidade da madeira aproxima-se da umidade de equilibrio, dependendo da temperatura e umidade relativa do ambiente, a secagem ao ar livre pode tornar-se bastante lenta.
A secagem ao ar livre é obtida pela exposição ao ar da madeira empilhada de maneira adequada. A umidade relativa ao ar e intensidade de sua movimentação são fatores muito importantes na eficiência da secagem da madeira.
A madeira, quando é adequadamente exposta ao ar livre, seca mais rapidamente quando a temperatura e alta, a umidade relativa do ar é baixa e o movimento do ar é ativo através das peças. A velocidade de secagem e o menor teor de umidade que pode ser atingido pela madeira em determinado local, dependem, quase que exclusivamente das condições do tempo. A secagem ao ar não é um processo perfeitamente controlável; todavia, é possível, através da adoção de procedimentos racionais, obter-se o máximo das condições do ambiente.
As práticas racionais deste processo resultam em menores tempos de secagem, peças de madeira com umidades mais uniformes, e o que é mais importante, madeira de melhor qualidade, com um mínimo de defeitos.
O tempo entre o início da secagem da madeira verde e a obtenção da umidade desejada depende de fatores que envolvem as próprias características da madeira, da pilha, do pátio e das condições climáticas. A perda de umidade do início no processo é bastante rápida, por exemplo: o tempo necessário para segagem de um lote ao ar livre de 60 para 40% é muito menor do que o tempo de secagem de 40 para 20%.
Algumas espécies secam rapidamente, outras lentamente. As coníferas e algumas folhosas de baixa densidade secam rapidamente sob condições favoráveis de secagem ao ar. Folhosas densas requerem períodos longos de secagem para atingir o teor de umidade desejado. As madeiras que têm mais alburno secam mais rapidamente do que aquelas que têm mais cerne.
A espessura da madeira também é muito importante na velocidade da secagem, por exemplo: em peças com 50 mm de espessura a velocidade de secagem chega a ser quatro vezes maior do que em peças de 25 mm da mesma espécie, ou seja, o tempo de secagem das primeiras é da ordem de quatro vezes mais longo do que o das segundas.
Uma prática muito comum, em algumas regiões, é a produção de peças espessas, as quais são desdobradas após a secagem, o que não é uma prática recomendável.
A velocidade de secagem é afetada, também, pelo modo como as peças são empilhadas, por exemplo: quando são deixados vazios entre as tábuas de uma mesma espécie, estas secam mais rapidamente do que se colicadas juntas.
A localização das pilhas no pátio também influencia a velocidade de secagem, por exemplo: pilhas colocadas nas margens do pátio secam mais rapidamente do que as colocadas no meio.
A distância entre o solo e a base das pilhas deve ser de aproximadamente 30 cm para permitir o livre movimento do ar, e criar condições de renovação de ar sob as mesmas.

A superfície do pátio também influencia, de certa forma, a velocidade de secagem ao ar. Um pátio bem plano, drenado, sem vegetação, coberto por materiais escuros secará a madeira mais rapidamente. Poças de água ou terreno não drenando aumentam a umidade do ar, e , consequentemente, diminui a velocidade de secagem; vegetação, detritos e outros obstáculos impedem ou dificultam a circulação do ar entre as pilhas; materiais escuros na superfície do solo absorvem mais energia solar, tornando-se mais adequados do que os materiais claros e aumentando a temperatura do ar, diminui a umidade relativa com o conseqüente aumento na velocidade de secagem.
Outro fator que influi na velocidade de secagem é o clima da área ou região na qual o pátio está localizado. Talvez, o mais importante seja a temperatura, mas o índice pluviométrico tem também efeito significativo.
O empilhamento plano com separadores é o mais utilizado, também conhecido por pilha gradeada ou entabicada. Neste tipo de pilha cada camada de peças de madeira justapostas é separada de outra por separadores ou tabiques. Cada camada suporta o peso das outras colocadas sobre si, restringindo, assim, o empenamento. Outros tipos de empilhamento são usados para que a secagem se processe mais rapidamente, tais como tesouras ou gaiolas. Nestes sistemas, quando as peças estiverem quase secas, isto é, com teor de umidade próximo ao ponto de saturação das fibras, devem ser gradeadas para evitar o empenamento. (Fig.4)
Todo o cuidado desprendido na construção das pilhas será plenamente compensado, pois a madeira será de melhor qualidade, o estoque será mais fácil de controlar e haverá menor probabilidade de acidentes.

Fig.4

   


  • Secagem Artificial

 

A secagem artificial é feita em estufa, a alta temperatura, mediante a insuflação do ar aquecido. São utilizadas estufas intermitentes e estufas contínuas ou estufas túnel. As primeiras são indicadas para pequenas instalações e peças de dimensões variáveis em cada carregamento; são subdivididas em estufas com circulação de ar natural e estufas de ar forçado. As estufas contínuas são utilizadas em grandes instalações quando as peças se apresentam sempre com as mesmas dimensões. Uma estufa de secagem contém essencialmente:

  • Uma fonte de calor;
  • Dispositivos de umidificação: borrifos, vapor de água
  • Dispositivos de circulação de ar.

O tempo de secagem varia com o tamanho da peça, natureza da madeira, etc. Geralmente pode-se considerar dez dias a um mês o tempo necessário para a secagem das peças com 25 mm de espessura, partindo da madeira verde. Quando a madeira foi parcialmente seca ao ar (25% de umidade), esse tempo pode ser reduzido pela metade.
A secagem artificial apresenta graves inconvenientes quando não for controlada, razão pela qual deve ser executada por pessoas conhecedora do assunto e com equipamento adequado.

 

V – DESENSEIVAMENTO

Para certos usos, nos quais se requer invariabilidade de volume e resistência aos agentes de deterioração, retira-se a seiva por diluição, natural ou artificial.
O desenseivamento natural obtém-se conservando a madeira imersa na água durante algum tempo, cerca de 4 meses, a qual, penetrando nas fibras, dissolve a seiva. Em seguida é recolhida aos armazéns onde seca lentamente.
O desenseivamento também pode ser feito artificialmente, submetendo a madeira a ação do vapor d’água. Finda a operação ela é levada aos armazéns para secar. A madeira perde cerca de 23 % de seu peso e torna-se mais fácil de trabalhar, embora menos dura e resistente.
Esse processo além de mais rápido, pois dura apenas 24 horas, oferece também a vantagem de destruir todos os microorganismos, realizando uma verdadeira esterilização.
A madeira depois de armazenada torna-se seca e adquire maior durabilidade.

 


VI – DESDOBRO

A produção das madeiras inicia com o corte ou derrubada das árvores e prossegue normalmente com a toragem, o falquejamento, o desdobro e o aparelhamento das peças.
O corte das árvores deve ser realizado em épocas apropriadas, geralmente no inverno. A época do corte não influi sobre a resistência mecânica da madeira produzida, mas tem grande importância para sua durabilidade. A madeira cortada durante o inverno, seca melhor e mais lentamente, evitando o aparecimento de fendas e rachas que são vias de acesso para os agentes de deterioração. Por outra parte, está época corresponde a uma paralisação na vida vegetativa das árvores, quando contém menos seiva  elaborada, amido e fosfato que nutrem os fungos e os insetos destruidores de madeira.
Após a derrubada, faz-se o falquejamento da tora (retirada da casca e do alburne, e a madeira é transportada para as serrarias, onde é feito o desdobramento por meio das serras).
O desdobro ou desdobramento é a operação final na obtenção de madeira bruta. É realizada nas serrarias com serras-fitas contínuas, ou com serras alternativas que podem ter a lâmina horizontal, vertical ou várias lâminas paralelas.    
Do desdobro são obtidas couçodeiras, pranchões ou pranchas com espessuras de 7cm e largura de 20cm.
Dois são os principais tipos de desdobro:

  • desdobro normal, em pranchas paralelas tangenciais aos anéis de crescimento;
  • desdobro radial ou em quartos, normal aos anéis de crescimento.

         

Desdobramento em pranchas paralelas

 

Desdobramento Radial

  

 


                     O processo radial produz pranchas de melhor qualidade, ou seja: com menor contração na largura, menores empenos e rachas durante a secagem, maior homogeneidade de superfície e portanto resistência uniforme ao longo das peças. Não é no entanto aplicado em larga escala devido ao elevado custo de mão de obra e as perdas que ocasiona muito maiores. Este processo é indicado para serviços especiais onde o custo da madeira é pequeno em relação do custo total e quando se requer um comportamento melhor do material, depois de aplicado.
Quando se quer aproveitar a tora sem efetuar o desdobramento, dois casos podem ser apresentados;  uma peça de maior seção transversal, maior volume; ou então uma peça de maior momento resistente. A peça de maior seção corresponde ao maior quadrado inscrito na seção da tora. A peça de maior momento resistente é obtida pelo retângulo de dimensões: b = 0,57d e h = 0,82d, sendo “d” o diâmetro da tora.

          A produção de peças de madeira natural termina com o aparelhamento das peças. Nesta última operação são obtidas peças nas bitolas comerciais por serragem e resserragem das pranchas. As peças de madeira serrada podem ser aplainadas em duas ou quatro faces.
Por exemplo, um desdobramento em pranchas, resultando em pranchões de até 6m de comprimento e dimensões transversais de 80mm x 300mm, pode resultar posteriormente em caibros com até 6m de comprimento e dimensões transversais de 80mm x 80mm.

Nomenclatura das Peças de Madeira Serrada

Nome da Peça

Espessura em cm

Largura em cm

Pranchões

> 7,0

> 20,0

Prancha

4,0 – 7,0

> 20,0

Viga

 4,0

11,0 – 20,0

Vigota

4,0 – 8,0

  8,0 – 11,0

Caibro

4,0 – 8,0

  5,0 – 8,0

Tábua

1,0 – 4,0

  > 10,0

Sarrafo

2,0 – 4,0

  2,0 – 10,0

Ripa

< 2,0

  < 10,0

 

 

 

VII – BIBLIOGRAFIA

  • Manual do Construtor

João Baptista Pianca;

  • Materiais de Construção

Moema Ribas Silva;

  • Materiais de Construção

Eládio Petrucci.

  • Internet

 

Fonte do documento:http://s7287.minhateca.com.br/

File.aspx?e=nAe_MhcKbrqO1IfEWV9bJI9sGaNiY5gf1KakaPS6hZHCDyItJe_243UFVWdzTk2drj_tp_EKGHkPtG9RomQTOjXfafZN-ia23QETmxwlyTKS3kN6lVwOiiU4dozTSrPEF63Uktsuk0NnBpsWJv4lXQ&pv=2

Site para visitar: http://s7287.minhateca.com.br/

Autor do texto: não especificado no documento de origem ou indicadas no texto

Google Palavras-chave: A madeira Tipo de Arquivo: doc

Se você é o autor do texto acima e concorda em não partilhar o seu conhecimento para o ensino, pesquisa, bolsas de estudo (para uso justo, como mostrado acima, nos Estados Unidos copyrigh baixa "for fair use as indicated in the United States copyrigh low"), envie um e-mail conosco e nós vamos remover o texto rapidamente.

 

A madeira

 

Se você quer encontrar rapidamente as páginas relacionadas a um tópico específico, como xx usando o seguinte motor de busca:

 

 

 

Visite a página principal

 

 

 

 

A madeira

 

Por favor, visite índice inicial de todos os temas, graças

 

Termos de uso ea política de privacidade e condições de utilização

 

 

 

A madeira